quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Carta-testamento de Getúlio Vargas



"Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)

sábado, 18 de outubro de 2008

A Importância do Verde


Você já imaginou um mundo sem plantas? Você andando de um lado para o outro ao longo das ruas e só vendo pedras, prédios, carros, lojas e fábricas? Ainda que fossem bonitos, teria a impressão de estar faltando algo. Mas, será que as plantas são apenas enfeites?
As plantas estão presentes na nossa vida diária, mas, na maioria das vezes, nem nos damos conta (...) pegue lápis e papel. Faça uma lista das coisas que você está vendo e que são feitas a partir de plantas. Quantas coisas encontrou? Peça a um amigo ou a uma outra pessoa que esteja perto que faça o mesmo. Compare as listas. Que tal você se saiu?
Além das frutas, legumes e verduras que comemos, as geléias, os Pães, o chocolate, o açúcar e a carne que existe por causa delas, como o boi com seu capim e a galinha com o milho. Viu só? Isso sem falar nos papéis, móveis e no próprio oxigênio. Tudo isso existe graças a elas. Se não fossem as plantas, nós e os outros animais não estaríamos aqui, agora.
Na verdade, vivemos num imenso jardim. Vamos passear por ele?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Crecimento Populacional


O crescimento demográfico não é o mesmo para todos países, em geral é bem maior nas áreas de fraca industrialização e grande população rural, e é bem menor nas áreas bastante industrializadas e de grande população urbana. Em outras palavras os países e as regiões mais desenvolvidas crescem populacionalmente bem menos que os subdesenvolvidos.

Países desenvolvidos- Predominam neste grupo de países baixas taxas de crescimento vegetativo, usualmente próximo a zero ou até mesmo negativo caso do continente europeu. A implicação econômica está na baixa capacidade de reposição populacional em diferentes faixas de idade.
Países subdesenvolvidos- Já neste grupo Predominam elevadas taxas de crescimento vegetativo com tendência a redução.
Causas da redução do crescimento vegetativo:
Crescimento urbano: elevado custo (benefício da criação de filhos em áreas urbanas).
Emancipação feminina, seguida das melhoras dos coeficientes educacionais.
Casamentos tardios.
Difusão dos contraceptivos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Expansão Marítima Européia


Usualmente, para compreendermos o advento das grandes navegações, fazemos uma associação entre o reavivamento comercial da Baixa Idade Média, a formação dos Estados Nacionais e a ascensão da burguesia para compreendermos tal experiência histórica. A primeira nação a reunir esse conjunto de características específicas foi Portugal, logo depois da Revolução de Avis.
Com essa revolução, ocorrida em 1385, Portugal promoveu uma associação entre sua nascente burguesia mercantil e o novo Estado Nacional ali consolidado. Desde o reino de Dom João I, Portugal sofreu um processo de uniformização tributário e monetário capaz de ampliar os negócios da burguesia e fortalecer economicamente a Coroa. Nessa época, as especiarias orientais eram de grande valia e procura no mercado Europeu. Desde o século XII, a entrada dos produtos orientais se dava pelo monopólio exercido pelos comerciantes italianos e árabes.
Visando superar a dependência para com esse dois atravessadores, Portugal promoveu esforços para criar uma rota que ligasse diretamente os comerciantes portugueses aos povos do Oriente. Dom Henrique (1394 – 1460), príncipe português, reuniu na cidade de Sagres vários navegantes, cartógrafos, marinheiros e cosmógrafos dispostos a desenvolver
conhecimentos no campo marítimo. Objetivando contornar o continente africano, o século XV assistiu o desenvolvimento da expansão marítima de Portugal. No ano de 1435, um grupo de 2500 desembarcou nas Ilhas Canárias dando início à formação das primeiras colônias portuguesas.
Em seguida, os portugueses partiram ao Cabo do Bojador, no litoral africano, até então definido como um dos limites máximos do mundo conhecido. Em 1434, o navegador Gil Eanes, ultrapassou o cabo abrindo portas para a conquista lusitana sob o litoral africano. Depois de formar novos entrepostos pela Costa Africana, um novo limite viria a ser superado. Em 1488, Bartolomeu Dias chegou ao Cabo da Boa Esperança definindo mais nitidamente a possibilidade de uma rota para o Oriente. Dez anos mais tarde, o navegador Vasco da Gama chegou à cidade indiana de Calicute e voltou a Portugal com uma embarcação cheia de especiarias.
No meio tempo em que Portugal despontou em sua expansão marítima, a Espanha se envolveu no processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica. O fim da chamada Guerra de Reconquista possibilitou a inserção dos espanhóis na corrida de expansão marítima. Atraídos pelo projeto do navegador genovês Cristóvão Colombo, a Espanha decidiu financiar a expedição do explorador italiano, em 1492. De acordo com o plano de Colombo, seria possível alcançar-se o Oriente navegando-se pelo Ocidente. Dessa aventura marítima, a Coroa Espanhola descobre o continente americano. A partir de então, a Espanha inaugurou uma nova área de exploração econômica.
Abrindo a rivalidade entre Portugal e Espanha, ambos os reinos buscaram assinar tratados definidores das regiões a serem por cada um deles. Em 1493, a Bula Intercoetera estabeleceu as terras a 100 léguas de Cabo Verde como região de posse portuguesa. No ano seguinte, Portugal solicitou o alargamento das fronteiras para 370 léguas de Cabo Verde. Essa revisão abre uma discussão sobre a possibilidade de navegadores portugueses já conhecerem terras ao sul do continente americano.
No ano de 1500, o navegante português Pedro Álvares Cabral anunciou a descoberta do Brasil. Com isso, os processos de exploração da América e a transferência do eixo econômico mundial iniciaram um novo período na economia mercantil européia. Ao longo do século XVI, outras nações, como Holanda, França e Inglaterra questionaram o monopólio ibérico realizando invasões ao continente americano e praticando a pirataria.
Como foi dito, o feudalismo em Portugal teve características próprias em relação ao restante da Europa. Em primeiro lugar o rei centralizava as decisões econômicas estimulando as feiras para trocas comerciais e guardando, em seus armazéns, alimentos para as regiões carentes. Com isso, o rei arrecadava altos impostos, garantido dinheiro para estimular as atividades mercantis e impulsionar a tecnologia marítima.

Em segundo lugar a atividade pesqueira lançava os portugueses em direção ao oceano. Inicialmente, apenas com a pesca da sardinha e a extração do sal, depois com a construção de embarcações maiores, para a pesca de atum e bacalhau, até chegar, no século XV, ao desenvolvimento das caravelas, que possibilitaram a caça da baleia e a conquista de novas terras.

Essas peculiaridades feudais associadas à localização geográfica do país, 'à beira- mar', plantado, estimularam, a partir do século XIV (1301-1400), o desenvolvimento das ciências náuticas. A construção de caravelas, o aperfeiçoamento do astrolábio (instrumento de medição da altura das estrelas no horizonte para orientar a navegação e a elaboração de mapas) e da bússola propiciaram a Portugal a abertura do comércio com a Inglaterra, França e Países Baixos (Holanda).

No século XV (1401 - 1500), a Europa apresentava os seguinte quadro: crescimento populacional, deslocamento de servos do campo para a cidade, desenvolvimento urbano, escassez de produtos agrícolas e ampliação comercial. Essa ampliação exigia a expansão em busca de novos mercados produtores e consumidores. O mar Mediterrâneo estava dominado econômica e comercialmente pelas cidades Italianas, em especial Veneza. no Século XV uma Europa necessitada de mercadorias impulsionou Portugal a enfrentar os desafios do oceano para muito além das costas Portuguesas, em direção ao sul do Atlântico. Essas viagens ficaram historicamente conhecidas como as Grandes navegações. Foi o momento da expansão ultramarina. A queda de Constantinopla nas mãos dos Turcos, em 1453, e o conseqüente fechamento da rota terrestre por onde passavam os produtos vindos do Oriente, estimularam ainda mais a busca de um caminho marítimo para as Índias.
Astrolábio

Os passos foram lentos. A cada nova conquista ou avanço sobre o oceano, somavam-se novas experiências e conhecimentos: 1415 - conquista de Ceuta, na África, importante base nos mercadores muçulmanos; primeiro porto do Atlântico fora da Europa. 1416 e 1431- conquista de Madeira e Açores: dois arquipélagos do Atlântico entre Europa e África. 1434 - avanço sobre o cabo Bojador: passagem decisiva para a conquista definitiva da África. 1440 a 1480 - conquista de várias ilhas, entre elas as de Cabo Verde e Porto -Príncipe, e regiões do continente africano (Guiné e Angola). 1487 - o navegador Bartolomeu Dias dobra o cabo da Boa Esperança no sul da África: passagem do Atlântico para o oceano Índico. 1498 - Vasco da Gama chega às Índias. 1500 - descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral.

Com a conquista das regiões africanas e asiáticas e a instalação de postos comerciais para as atividades mercantis, Portugal tornava-se a nação mais rica e de comércio mais organizado e lucrativo de toda a Europa do século XV As Índias representaram conquista significativa aos cofres do rei português, pois de lá vinham especiarias, pedras preciosas, marfins, perfumes, açúcar, ouro, prata, -tecidos, madeira e porcelana, para suprir as necessidades econômicas européias.

A rota das Índias pelo Atlântico era muito mais lucrativa do que pelo Mediterrâneo, que incluía um longo trecho por terra. A primeira viagem de Vasco da Gama foi exemplar para a economia portuguesa: obteve-se um lucro de 6 000%. Veneza jogava no mercado europeu 420 mil libras de pimenta por ano. Vasco da Gama, com um navio apenas, jogou 200 mil libras no mesmo mercado. As viagens pelo Atlântico eram mais longas, mas os lucros compensavam à medida que as transações comerciais cresciam.

Na última década do século XV, Portugal e Espanha eram as duas maiores potências econômicas da Europa. A importância desses reinos pode ser medida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 com a aprovação do Papa, em que ambos dividiram entre si o mundo conhecido ou o que viesse a ser descoberto: as terras encontradas a leste seriam de Portugal, as terras a oeste, da Espanha.

A partir do século XII, a realização das Cruzadas abriu a possibilidade de os europeus entrarem em contato com povos diferentes. As viagens pelo Mediterrâneo, as lutas entre católicos, muçulmanos e bizantinos acarretaram grandes transformações na vida européia, como o aperfeiçoamento das técnicas de guerra, a mudança de hábitos alimentares, novas palavras no vocabulário e, principalmente, o aperfeiçoamento de técnicas marítimas. Ao longo dos séculos XN, XV e XVI, os europeus perceberam que a ajuda divina e da Igreja não eram suficientes para suas vidas. Era necessário um esforço pessoal nos empreendimentos comerciais, na produção agrícola, no domínio da natureza, no conhecimento de técnicas marítimas. Os homens começavam a acreditar em si mesmos. Perceberam que de sua fraqueza diante da natureza nascia a força para dominá-la. O teocentrismo medieval dava lugar ao antropocentrismo renascentista: o homem era agora a medida de todas as coisas, isto é, pelas próprias forças ele poderia conquistar o mundo.

No século XV, a criação da Escola Naval de Sagres. pelo infante dom Henrique, foi um marco decisivo para as navegações portuguesas no Atlântico. A Escola de Sagres reuniu os maiores estudiosos do mundo europeu em técnicas de navegação e lançou ao mar pelo menos um navio por ano para estudar o oceano, fazer mapas e anotar as posições das estrelas para guiar os navegadores.

As viagens pelo Atlântico eram muito inseguras: todos os tripulantes dos navios, ao saírem de Portugal, assinavam o livro de óbitos. Mesmo assim, os portugueses colocavam em risco suas vidas, menos pela aventura do mar ou pela religião, e mais pelas possibilidades de riquezas comerciais.

A primeira expedição comercial às Índias, sob o comando de Pedro Álvares Cabral. Em 1500 - encerrando espetacularmente o século XV -, foi o marco definitivo das conquistas portuguesas. Reuniu-se a maior e mais bem organizada frota para chegar às Índias. A magnitude do empreendimento ressalta da comparação: enquanto Vasco da Gama levara apenas quatro naus em sua viagem pioneira e Cristóvão Colombo chegara à América com apenas três -, Cabral saiu no dia 8 de março com treze embarcações e mil e quinhentos homens. E trazia apenas uma recomendação do rei português, dom Manuel: afastar-se o máximo possível das águas conhecidas para descobrir um caminho mais rápido para as Índias.

Desse afastamento resultou a vista de inequívocos sinais de terra, a 21 de abril. No dia seguinte pela manhã avistaram um monte; como era a semana da Páscoa, chamaram- no de Monte Pascoal. O porto era seguro. No dia 23 seguiram os primeiros contornos e descobriram: não estavam nas Índias, porque os tradutores que conheciam a língua do Oriente não entenderam o que os habitantes da terra falavam. Estava descoberta a Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz e, finalmente, Brasil. Decidiram continuar viagem em 1° de maio para as Índias. Uma nau voltou a Portugal anunciando a nova terra descoberta.

No século XVI, a Europa passava por grandes transformações. A atividade mercantil crescia, forçando os reis a organizarem os Estados Nacionais, através de princípios econômicos que aumentassem suas arrecadações financeiras. Esses princípios eram:
- a maior quantidade possível de ouro e prata constituiria a base da riqueza de um país;
- o aumento da exportação de mercadorias permitiria acúmulo dos metais preciosos, ou
seja, levaria a uma balança comercial favorável;
- o protecionismo aos produtos nacionais deveria impedir a entrada de mercadorias iguais
ou semelhantes àquelas que o país possuísse;
- a transformação das matérias-primas em manufaturas estimularia o industrialismo;
- o estabelecimento de colônias para a produção de matérias-primas baratas e a exploração
de ouro e prata ajudariam a suprir as necessidades das metrópoles;
- O Pacto Colonial (as colônias só podiam comerciar com sua metrópole) e a criação de
Companhias de Comércio garantiam o monopólio comercial do sistema colonial. A prática desses princípios ficou conhecida como política mercantilista ou mercantilismo. A burguesia comercial era economicamente responsável pelas transações mercantis, cujos lucros fortaleceram o poder dos Estados Nacionais. O lema do mercantilismo poderia ser: ouro, poder e glória, ou seja, riqueza, domínio e prestígio... O sistema de governo baseado economicamente no mercantilismo era o Estado absolutista - o rei, apoiado pela burguesia comercial, centralizava o poder.

O comércio monopolista (exclusivista) promovido pelo rei e burguesia exigia que estes controlassem suas mercadorias não só em suas nações como também em outras. Essa prática gerou guerras na disputa de territórios comerciais entre os países europeus. A conquista de colônias tornava-se essencial para o equilíbrio econômico-financeiro das nações européias, pois as colônias poderiam produzir as matérias- primas inexistentes nas metrópoles. Além disso, os territórios colonizados consumiriam as manufaturas produzidas nas metrópoles.



Nas colônias de povoamento a economia era organizada para atender aos interesses dos colonos, que abandonaram seus países de origem por motivos de perseguição política ou religiosa, ou por condições subumanas de sobrevivência. Não se deve pensar, no entanto, que se tratava de colônias em que prevaleciam os interesses dos colonizados... Através das colônias de povoamento, o que se visava era a ocupação territorial, ao mesmo tempo em que se tentava resolver os problemas sociais, políticos e econômicos das populações pobres da Europa, permitindo-lhe novas alternativas de sobrevivência.

Quanto às colônias de exploração, foram organizadas com a finalidade de suprir a falta de matérias-primas da metrópole. Aqui, a economia obedecia ao que se costumou denominar de Pacto Colonial, que subordinava integralmente à metrópole toda transação comercial (exportação e importação) das colônias. Ou seja, os colonizadores extraíam toda a matéria-prima possível das colônias e as obrigavam a importar seus produtos manufaturados. As colônias de exploração fundamentavam sua economia na extração de metais ou na produção de qualquer gênero agrário, de alto valor mercantil, para ser vendido nos mercados europeus. Produção em latifúndio, especialização em um único produto agrícola (monocultura), emprego de mão-de-obra escrava eram as características desse modelo colonial.

Entender o modelo de colônias de exploração é fundamental, pois ele caracteriza todo um conjunto de colônias, exploradas pelos europeus em várias regiões (África , Ásia e América), que permitiriam o crescimento da acumulação de capitais gerados pelas atividades mercantis monopolistas. O monopólio da compra dos produtos coloniais permitia à burguesia mercantil adquiri-los a preços baixos. Os lucros eram enormes, pois essas mercadorias eram vendidas a preços vantajosos no continente europeu.

As práticas mercantilistas deram origem à economia pré-capitalista, que se desenvolveu principalmente nos séculos XVI, XVII até fins do século XVIII. A acumulação de capitais comerciais pelas práticas dos mercantilistas foi responsável pela transição do processo produtivo de manufaturas para o desenvolvimento industrial, característico da economia capitalista.

Portugal era um exemplo desse modelo mercantilista. A partir da viagem lucrativa de Vasco da Gama, em 1498, os navegadores portugueses estabeleceram acordos com mercadores da Índia para obter a exclusividade no comércio das especiarias. Através de guerras colonialistas os portugueses conseguiram garantir o comércio dos produtos orientais. Ouro da África e do Oriente, escravos africanos para a produção açucareira das ilhas do Atlântico, artigos de luxo (perfumes, sedas, tapetes) do Oriente, socorro à escassez de cereais do reino português e da Europa eram alguns objetivos lusitanos no início do século XVI.

Nos primeiros trinta anos após a descoberta do Brasil, Portugal desinteressou-se pela Terra de Santa Cruz e quase a abandonou, pois as especiarias e as manufaturas de luxo do Oriente eram mais lucrativas. Homens e dinheiro eram decisivos para o domínio militar e o combate aos árabes no controle comercial do Oriente. Isso fazia com que pouco sobrasse para investir na nova terra. Além disso, os portugueses não haviam encontrado no Brasil nem ouro nem prata, ou outro produto que pudesse ser comercializado no mercado europeu. Mesmo assim, houve várias expedições de reconhecimento do litoral brasileiro. Numa delas, os navegadores descobriram grande quantidade de pau-brasil na Mata Atlântica. Essa madeira já era conhecida pelos europeus, que a utilizavam como corante na indústria têxtil. Até então, o produto vinha do Oriente. O rei de Portugal firmou um contrato com mercadores para a exploração do pau-brasil nas novas terras.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Folclore Brasileiro



O que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem
indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curuira
Como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do
Halloween - Dia das Bruxas.
- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da
cultura popular.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

EXTINÇÃO


Cerca de 20% dos mamíferos do planeta correm risco de desaparecer, segundo a avaliação mais completa já feita da situação destas espécies no planeta. Segundo a "lista vermelha" publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), pelo menos 1.141 das 5.487 espécies de mamíferos terrestres estão ameaçadas de extinção.
BBC
Lista vermelha contémquase 45 mil espécies Pelo menos 188 se enquadram na categoria máxima de "perigo crítico", afirmou a UICN, que considerou a situação como uma "crise de extinção".O estudo, apresentado no Congresso Mundial da Natureza, que vai até o dia 14 de outubro em Barcelona, na Espanha, afirma que desde o ano 1500 pelo menos 76 espécies desapareceram.Segundo a entidade, isto se deve à perda e degradação dos hábitats de 40% dos mamíferos do planeta, em especial na América Central e do Sul, na África ocidental, oriental e central, em Madagascar e no sul e sudeste da Ásia.Não só mamíferos
A última edição da lista vermelha da UICN inclui 44.838 espécies, das quais 16.928 - quase 38% do total - correm perigo. Mais de 3,2 mil estão na categoria de ameaça máxima, disse a UICN.Os anfíbios também enfrentam o que a entidade qualifica como "crise", com 366 espécies adicionadas à lista este ano.Atualmente, 1.983 espécies (ou 32,4% do total) estão ameaçadas ou extintas, disse a entidade. Na Costa Rica, por exemplo, um sapo da espécie Incilius holdridgei não é observado desde 1986.Novo índice
A UICN anunciou em Barcelona o lançamento do que chamou "o índice Dow Jones da biodiversidade" - um indicador para monitorar a ameaça às espécies.Calculado em cooperação com a Sociedade Zoológica de Londres, o índice acompanha um conjunto de 1,5 mil espécies representativas da biodiversidade do planeta, para acompanhar as tendências gerais em relação a seu status.Cientistas já realizaram avaliações de todas as aves, mamíferos e anfíbios conhecidos, mas a amostragem geral só abarcava 4% da biodiversidade terrestre."Estamos emergindo das trevas no que diz respeito aos conhecimentos de conservação. Até agora nos baseávamos em um subconjunto muito limitado de espécies", disse em um comunicado o diretor dos programas de conservação da Sociedade Zoológica londrina, Jonathan Baillie."No futuro, ampliaremos o âmbito de nossos conhecimentos das espécies, incluindo uma gama de grupos mais extensa, o que permitirá assistir as decisões políticas de maneira muito mais objetiva e representativa."
Perda de biodiversidade
O trabalho quer se somar a esforços para o objetivo de conter até 2010 a gradual perda da biodiversidade da Terra.
BBC
Sapo Incilius holdridgei, da Costa Rica, nãoé observado desde 1986Um estudo realizado pelo cientista Jan Schipper, da organização Conservação Internacional (CI), afirma que a porcentagem de mamíferos ameaçada pode ser na verdade maior - 36%, nos cálculos de um artigo científico dele a ser publicado na revista Science."Isto indica que a prioridade para o futuro consiste em implementar ações de conservação apoiadas em bases científicas", declarou Schipper.A UICN afirmou que faltam dados para avaliar com precisão o status de 836 espécies de mamíferos e que, por isso, outras podem estar sob risco de desaparecer.Por outro lado, os resultados mostram que determinadas espécies à beira da extinção podem se recuperar - 5% dos mamíferos atualmente ameaçados demonstram sinais de recuperação em estado silvestre, disse a entidade.

sábado, 4 de outubro de 2008

Maracanã


Em meados da década de 40, os maiores estádios do mundo eram o River Plate, em Buenos Aires, e o Empire State, na cidade inglesa de Wembley, com capacidade para 120.000 pessoas. O estádio Pacaembu, em São Paulo, era o terceiro maior do mundo empatado com o estádio Nacional de Lisboa, em Portugal, com capacidade de 60.000 pessoas.O presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1948, decidiu investir no planejamento de um estádio de futebol gigante para sediar a 4ª edição da Copa do Mundo, em 1950. O estádio foi planejado pelos arquitetos Rafael Galvão, Pedro Paulo Bernardes Bastos, Orlando Azevedo e Antônio Dias Carneiro e inicialmente abrigava 155.000 espectadores.Foi batizado de Mário Filho, em homenagem ao jornalista fundador do Jornal dos Sports. O jogo inaugural aconteceu no dia 17 de junho de 1950, entre as seleções do Rio e São Paulo, cuja vitória foi dos paulistas por 3 x 1, o jogo contou com a presença de Didi.O primeiro jogo oficial aconteceu no dia 24 de junho de 1950, no jogo Brasil 4 x 0 México, pela Copa do Mundo. Em 1963, foi palco da final interclubes entre o Santos, de Pelé que conquistou o título vencendo o Milan, da Itália.Tornou-se , até há poucos anos, o maior estádio do mundo, nele os brasileiros testemunharam a derrota do Brasil na final de 50 para o Uruguai, o milésimo gol de Pelé, os shows de Frank Sinatra, Paul McCartney e do Rock in Rio II; além da vinda do Papa João Paulo II, em 1980 e 1997.A maior goleada registrada em jogos oficiais foi o resultado Flamengo 12 X 2 são Cristóvão, em 28 de outubro de 1956. A palavra "Maracanã" em tupi significa “maracá” (chocalho) e “nã” (semelhante) e designa um som emitido por um papagaio conhecido como Maracanã-guaçu.

História das Eleições no Brasil




* 500 anos de eleições
As eleições não são uma experiência recente no País. O livre exercício do voto surgiu em terras brasileiras com os primeiros núcleos de povoadores, logo depois da chegada dos colonizadores. Foi o resultado da tradição portuguesa de eleger os administradores dos povoados sob domínio luso. Os colonizadores portugueses, mal pisavam a nova terra descoberta, passavam logo a realizar votações para eleger os que iriam governar as vilas e cidades que fundavam. Os bandeirantes paulistas, por exemplo, iam em suas missões imbuídos da idéia de votar e de serem votados. Quando chegavam ao local em que deveriam se estabelecer, seu primeiro ato era realizar a eleição do guarda- mor regente. Somente após esse ato eram fundadas as cidades, já sob a égide da lei e da ordem. Eram estas eleições realizadas para governos locais.



> Eleições em quatro graus
As votações no Brasil chegaram a ocorrer em até quatro graus: os cidadão s das províncias votavam em outros eleitores, os compromissários, que elegiam os eleitores de paróquia, que por sua vez escolhiam os eleitores de comarca. Estes, finalmente, elegiam os deputados. Os pleitos passaram depois a ser feitos em dois graus. Isso durou até 1881, quando a Lei Saraiva introduziu as eleições diretas. Das bolas de cera à urna eletrônica Os votos eram a princípio depositados em bolas de cera chamadas de pelouros; depois vieram as urnas de madeira, as de ferro e as de lona, até que se implementou em todo o País, no ano 2000, o voto informatizado, realizado em urnas eletrônicas que possibilitam a apuração das eleições quase que de forma imediata.



> Eleições livres
Até 1828, as eleições para os governos municipais obedeceram às chamadas Ordenações do Reino, que eram as determinações legais emanadas do rei e adotadas em todas as regiões sob o domínio de Portugal. No princípio, o voto era livre, todo o povo votava. Com o tempo, porém, ele passou a ser direito exclusivo dos que detinham maior poder aquisitivo, entre outras prerrogativas. A idade mínima para votar era 25 anos. Escravos, mulheres, índios e assalariados não podiam escolher representantes nem governantes.

> As primeiras eleições
As eleições para governanças locais foram realizadas até a Independência. A primeira de que se tem notícia aconteceu em 1532, para eleger o Conselho Municipal da Vila de São Vicente-SP. As pressões populares e o crescimento econômico do país, contudo, passaram a exigir a efetiva participação de representantes brasileiros nas decisões da corte. Assim, em 1821, foram realizadas eleições gerais para escolher os deputados que iriam representar o Brasil nas Cortes de Lisboa. Essas eleições duraram vários meses, devido a suas inúmeras formalidades, e algumas províncias sequer chegaram a eleger seus deputados.


> Influência religiosa
A relação entre Estado e Religião, até fins do Império, era tamanha que algumas eleições vieram a ser realizadas dentro das igrejas. E durante algum tempo foi condição para ser eleito deputado a profissão da fé católica. As cerimônias religiosas obrigatórias que precediam os trabalhos eleitorais só foram dispensadas em 1881, com a edição da Lei Saraiva. Essa ligação entre política e religião somente cessou com a vigência da Constituição de 1891, que determinou a separação entre a Igreja e o Estado.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Problemas Sociais Brasileiros


* Desemprego:
Embora a geração de empregos tenha aumentado nos últimos anos, graças ao crescimento da economia, ainda existem milhões de brasileiros desempregados. A economia tem crescido, mas não o suficiente para gerar os empregos necessários no Brasil. A falta de uma boa formação educacional e qualificação profissional de qualidade também atrapalham a vida dos desempregados. Muitos têm optado pelo emprego informal (sem carteira registrada), fator que não é positivo, pois estes trabalhadores ficam sem a garantia dos direitos trabalhistas.
* Violência e Criminalidade:
A violência está crescendo a cada dia, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios e tvs presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas. A falta de um rigor maior no cumprimento das leis, aliada as injustiças sociais podem, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país.
* Poluição:
Este problema ambiental tem afetado diretamente a saúde das pessoas em nosso país. Os rios estão sendo poluídos por lixo doméstico e industrial, trazendo doenças e afetando os ecossistemas. O ar, principalmente nas grandes cidades, está recendo toneladas de gases poluentes, derivados da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo - gasolina e diesel principalmente). Este tipo de poluição afeta diretamente a saúde das pessoas, provocando doenças respiratórias. Pessoas idosas e crianças são as principais vítimas.
* Saúde:
Nos dias de hoje, pessoas que possuem uma condição financeira melhor estão procurando os planos de saúde e o sistema privado, pois a saúde pública encontra-se em estado de crise aguda. Hospitais superlotados, falta de medicamentos, greves de funcionários, aparelhos quebrados, filas para atendimento, prédios mal conservados são os principais problemas encontrados em hospitais e postos de saúde da rede pública. A população mais afetada é aquela que depende deste atendimento médico, ou seja, as pessoas mais pobres.
*Educação:
Os dados sobre o desempenho dos alunos, principalmente da rede pública de ensino, são alarmantes. A educação pública encontra vários problemas e dificuldades: prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. Este quadro é resultado do baixo índice de investimentos públicos neste setor. O resultado é a deficiente formação dos alunos brasileiros.
* Desigualdade social:
O Brasil é um país de grande contraste social. A distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto.
* Habitação:
O déficit habitacional é grande no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é muito comum a presença de favelas e cortiços. Encontramos também pessoas morando nas ruas, embaixo de viadutos e pontes. Nestes locais, as pessoas possuem uma condição inadequada de vida, passando por muitas dificuldades.