quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A História do Titanic



A história do Titanic e dos dois outros navios gémeos começa num jantar na mansão londrina de James P. Morgan, sócio maioritário dos maiores estaleiros do mundo, Harland & Wolff.
Nesse jantar do dia 10 de Junho de 1907 com Bruce Ismay, presidente da “White Star Line”, foi decidida a construção dos três maiores navios do mundo: O Olympic, o Titanic e o Jagantic que, após a tragédia com o Titanic, seria rebaptizado de Britanic.
Era objectivo desta companhia concorrer na rota do Atlântico com a Cunard Line, proprietária das embarcações MAURiTANIA e LUSITANIA.
Curiosamente ou talvez não, a casa onde nasceu o Titanic, é hoje a embaixada da Espanha no Reino Unido.
Embora a companhia de navegação “White Star Line” tivesse sido fundada em 1869 na Inglaterra, desde 1902 fazia parte de uma holding norte-americana chamada “International Mercantil Marine”.
O seu presidente era Bruce Ismay, apontado por muitos historiadores como o principal causador da tragédia do Titanic.
Bruce Ismay era passageiro do Titanic na viagem de inauguração e foi ele quem deu ordens ao capitão Smith para viajar à velocidade máxima, mesmo numa zona de icebergs.
Não morreu no acidente porque tomou o lugar de uma senhora num dos botes salva-vidas. Foi posteriormente rejeitado pela sociedade britânica, tendo morrido só na sua mansão nos arredores de Londres.
Um ano e meio depois do jantar na mansão de James Morgan, foi iniciada a construção do Titanic. Era a manhã do dia 31 de Março de 1909.
Embora nos estaleiros “Harland & Wolff” trabalhassem mais de 14 mil operários, apenas 1700 homens trabalharam duramente durante 27 meses para acabar a construção do Titanic.
Para a construção foram necessárias 27 mil toneladas do melhor aço. O casco era composto por chapas de aço de 2,5cm de expessura que se uniam com mais de 3 milhões de rebites. Note-se que nessa altura ainda não tinha sido inventada a soldadura, usando-se rebites para a união das chapas.
A construção do navio custou à White Star Line 10 milhões de dólares de 1912, uma astronómica soma para a época, correspondendo a uns 1000 milhões de Euros.
O dinheiro para financiar esta construção veio dos Estados Unidos, mais concretamente de James Morgan.
Foi lançado à água no dia 31 de Maio de 1911 pelas 12 horas. A este acto tão importante assistiram, para além do presidente da Câmara de Belfast, James Morgan e todos os directores, pessoal da empresa construtora e da companhia de navegação e mais de 100 mil pessoas que se amontoaram pelos arredores dos estaleiros para presenciarem o nascimento do navio dos sonhos.
Foi um acto impressionante, como tudo o que estava relacionado com o Titanic, por exemplo, as suas dimensões: Desde a coberta principal até à quilha tinha 57 metros de altura, desde a proa até à popa 270 metros de comprimento e 30 de largura. Na coberta do Titanic poderiam ter sido construídos 3 campos de futebol. Cada uma das 3 âncoras pesava 15 toneladas. O casco pesava 46 mil toneladas de peso bruto. As duas hélices laterais de 3 pás, mediam 7 metros de diâmetro e pesavam 38 toneladas cada uma. A hélice do meio, de 4 pás, media 5 metros e pesava 22 toneladas.
Era capaz de deslocar 52.250 toneladas. A propulsão era assegurada por 29 caldeiras com 159 fornalhas, proporcionando uma potência total de 46.000 hp e 3 hélices permitiam uma velocidade de até 24 nós. Tinha capacidade para 3547 pessoas (passageiros e tripulação).
O Titanic teve a sua construção (sob número de quilha 401 da Harland & Wolff) iniciada a 31 de Março de 1909 tornando-se o maior objeto móvel construído pelo homem.
Em Julho de 1911 é marcada a data da viagem inaugural do Titanic : 20 de Março de 1912 .
Devido ao embate do Olympic com o cruzador da marinha britânica Hawke, ficando com importantes avarias que obrigaram o estaleiro a fornecer homens e materiais para efectuar as reparações do Olympic, a primeira viagem do Titanic foi adiada para o dia 10 de Abril de 1912.
A 3 de Fevereiro de 1912, O Titanic deu entrada na Thompson Graving Dock, concluíram-se os acabamentos e iniciaram-se os testes de mar onde foram realizadas manobras para testes da embarcação e dos seus equipamentos.
No dia 2 de Abril partiu, sob o comando do Capitão Bartlett, para Southampton (a 570 milhas), o porto base para as viagens que começaria a realizar. Onde chegou na madrugada do dia 4 e iniciou o carregamento de carga e suprimentos, além de receber a bordo a maior parte da tripulação.
A embarcação ficou pronta para zarpar na sua viagem inaugural no dia 9 de Abril.
No dia 10 de Abril, às 07:30 tomou o comando o Capitão Edward J. Smith, antigo comandante da Olympic.
Este capitão tinha sido escolhido com cuidado. Era o mais experiente da companhia, em 35 anos de trabalho nunca sofrera nenhum acidente de maior. Era chamado o “capitão dos ricos” uma vez que era ele quem comandava os navios de luxo que transportavam milionários e famosos. Depois de 35 anos de trabalho esta seria a sua última viagem esperando--o uma merecida reforma!
Das 09:30 às 11:00 foi realizado o embarque dos passageiros das 2a. e 3a. classes. Os passageiros da 1a. classe embarcaram às 11:30.
Era meio-dia em ponto quando o Titanic soltou as amarras do cais número 44 da White Star Line no porto inglês de Southempton.
2208 pessoas entre passageiros e tripulantes viajaram a bordo do maior navio do mundo que efectuava a sua viagem inaugural. Ironicamente esta seria a sua primeira e última viagem.
O Titanic partiu sendo levado por rebocadores para fora do porto. Um incidente ocorreu quando O Titanic já navegando pelos seus próprios meios passou próximo da embarcação New York. A deslocação da água que o seu movimento provocou fez com que as amarras da outra embarcação se quebrassem e a popa da mesma fosse na sua direcção. Graças a uma rápida intervenção da tripulação da New York a colisão foi evitada por apenas 2 metros.
Depois de saído do porto de Southempton, o Titanic dirigiu-se ao porto francês de Cherbourg ancorando na sua doca já que um navio tão grande não cabia no interior do porto.
Aí, e por meio de botes, subiram passageiros, principalmente de primeira e segunda classe.
No porto irlandês de Queenstown embarca passageiros de terceira classe, mercadoria e correio. Deixou este porto na tarde do dia 11.
Era a última escala antes de chegar a New York.
Willian Murdock teve um papel muito importante na história do Titanic, tanto pelo papel que desempenhava no navio, como pelo seu comportamento pessoal e coragem demonstradas no momento da colisão com o iceberg.
Murdock era o 1º oficial do navio e era ele que se encontrava ao comando quando se deu o choque. Em décimos de segundo teve de decidir o que fazer e a primeira ordem foi fechar de imediato as portas estanques.
O papel deste oficial também foi importante durante a evacuação dos passageiros. Era o responsável pela coberta “A” e, ao contrário do que se passava nas outras cobertas, ordenou que enchessem completamente os botes salva-vidas mesmo que fosse com homens. Graças a esta ordem 80% dos homens que se salvaram a ele devem a vida.
Na coberta “B” não foi permitido o embarque de nenhum homem e estes arrearam só com mulheres e crianças de forma que só levaram metade das pessoas que se poderiam ter salvo. Alguns botes foram lançados ao mar com 14 ou 15 pessoas enquanto que a sua capacidade era para 72.
Murdock morreu congelado no mar por já não ter forças para entrar para o último dos botes salva-vidas que ele ajudara a lançar à água.
A esplêndida coberta superior era utilizada pelos passageiros de primeira classe para passear, conversar e apanhar sol, podendo usar para tal confortáveis cadeiras reclináveis.
Foi graças a algumas destas cadeiras que, atiradas à água e flutuando no mar gelado, permitiram que alguns passageiros se salvassem.
Um dos símbolos da beleza, do esplendor e do luxo do Titanic era a grande escalinata de proa. Ao entrar, depois de um passeio pela coberta, notava-se como a luz natural penetrava pela cúpula de ferro e vidro reflectindo a sua luz nas pálidas madeiras de carvalho e nas suas douradas balaustradas.
Na parede do patamar superior podia ver-se um painel também de carvalho talhado, com um relógio cercado por duas figuras que simbolizavam a honra e a glória que estavam por cimadeste, demonstrando como a honra e a glória devem estar sempre acima do tempo.
Por esta grande escalinata desciam os passageiros da primeira classe à sala de jantar.
Muito perto da sala de fumo da primeira classe existia o luxuosíssimo restaurante francês “A la Carte”. Este restaurante, administrado por uma empresa hoteleira francesa, era muito selecto mesmo para os passageiros de primeira classe que tinham de pagar um suplemento para comer na sua luxuosa sala.
A fim de satisfazer os gostos dos passageiros de primeira classe, existiam oito estilos diferentes de decoração das cabines. Em qualquer deles ressaltava o luxo e o conforto que tinham aqueles quartos, móveis de carvalho, painéis esculpidos à mão, uma sala de jantar e casa de banho completa com água quente e fria.
Mesmo os quartos reservados à terceira classe eram muito bons para a época e podem ser ainda hoje comparados aos de segunda dos navios actuais.
Era, sem dúvida, o hotel mais luxuoso do mundo e cada passageiro da primeira classe pagou o equivalente a 80 mil euros para embarcar no navio.
No entanto teve vida curta, apenas quatro dias: de quinta, dia 11, a domingo, dia 14.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Praias do Rio de Janeiro


Copacabana
Conhecida como a Princesinha do Mar, Copacabana é uma síntese da cidade do Rio. Impossível falar da praia sem falar do bairro. Com seus milhares de habitantes, Copacabana é um bairro com uma população bastante heterogênea. São ricos, pobres, famosos e desconhecidos que fazem a alma de Copacabana. A praia possui seis postos de salvamento que são ótimas referências geográficas. Sua faixa de areia é bastante longa (exceto próximo ao Posto 6), o que propicia a prática de diversos esportes. Na areia, o visitante pode encontrar diversos produtos a venda. Bebidas, comidas, protetores solares, bijuterias e cangas(toalhas para deitar na areia) estão entre eles. O mar costuma ser calmo com ondas pequenas, mas é bom evitar nadar para muito longe. No verão e, principalmente, nos fins de semana o número de freqüentadores aumenta consideravelmente. Vale a pena visitar o Forte de Copacabana no Posto 6, palco de eventos históricos do Brasil e sede do Museu Histórico do Exército.


Leme
O praia do Leme fica à esquerda de Copacabana e a fronteira entre as duas passa quase que por desapercebida. O Leme é uma extensão do bairro de Copacabana.


Ipanema
Este pedaço de areia ficou mundialmente conhecido pela música "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Assim como Copacabana, não se pode falar da praia sem falar do bairro. Ipanema, uma antiga vila de pescadores, é um berço cultural do Rio e, conseqüentemente, do Brasil. De lá vieram a moda de praia e grandes compositores que ajudaram a criar a Bossa Nova. Ipanema, em tupi-guarani, significa água perigosa. Apesar disso, o mar é bom para a prática de esportes aquáticos como surfe e bodyboard. Nas areias de Ipanema há com freqüência shows musicais gratuitos para o público, geralmente à noite. As mulheres bonitas são outra grande atração da praia.


Arpoador
Localizada entre Copacabana e Ipanema, o Arpoador possui atualmente uma faixa de areia muito curta. Não se esqueça de visitar as pedras do Arpoador, o local mais lindo para se apreciar o mar e o pôr-do-sol.


Leblon
A praia do Leblon é uma extensão à direita da praia de Ipanema. Não é tão freqüentada, mas a larga faixa de areia permite a prática de vários esportes. O Mirante do Leblon, localizado no extremo canto direito permite uma vista deslumbrante, principalmente quando o mar está em ressaca. Atenção: Devido a problemas de poluição, esta praia geralmente está imprópria para o banho.


Vidigal
Fica ao pé do Morro Dois Irmãos, junto ao Hotel Sheraton. Seu acesso é difícil e geralmente está poluída.


São Conrado/Pepino
Estas praias, uma ao lado da outra sofrem com a poluição constante. No canto direito o visitante pode fazer um vôo de asa-delta.


Joatinga
Praia de difícil acesso mas de grande beleza, uma vez que, embora esteja no meio da cidade, parece isolada do mundo. A faixa de areia é muito pequena no inverno e a praia só vale a pena ser freqüentada no verão, quando o sol permanece por mais tempo. Para chegar lá, o visitante tem que seguir de carro pela Estrada do Joá, como se estivesse indo para o clube Costa Brava (informe-se melhor na recepção de seu hotel). Ainda é preciso fazer uma pequena descida até a praia, caminhando sobre as pedras. Não é aconselhável para idosos, gestantes e deficientes físicos.


Barra da Tijuca
É a praia urbana de maior extensão no Rio de Janeiro. São quilômetros de praia que possibilitam a prática de esportes aquáticos (ideal para o windsurfe). No início, localiza-se a Praia do Pepê, ponto de encontro de pessoas jovens e mulheres bonitas. Pepê era o nome de um dos maiores atletas de esportes radicais do Brasil, morto num acidente de asa-delta. O mar da Barra costuma ser traiçoeiro e é bom ter cuidado. Vale a pena experimentar um dos sanduíches naturais da Barraca do Pepê.


Recreio dos Bandeirantes
Por ser continuação da praia da Barra, o Recreio possui as mesmas características.
Prainha - É a praia dos surfistas. Na Prainha o mar é excelente para a prática do surfe e a natureza no local é praticamente intocável.


Grumarí é um pouco maior e mais afastada do que a Prainha. É uma linda praia muito freqüentada por famílias.

As Primeiras Civilizações


O Egito localiza-se no nordeste da África, banhado ao norte pelo Mar Mediterrâneo, a leste pelo Mar Vermelho, a oeste pelo deserto da Líbia e ao sul pelo Sudão. Seu território é cotado no sentido sul-norte pelo Rio Nilo. O rio é responsável pela fertilidade das terras do vale, onde desenvolveu-se uma das primeiras civilizações, já que era responsável pela irrigação natural da terra, facilitando o trabalho agrícola das comunidades que passaram a produzir excedentes, possibilitando a organização do Estado e de uma sociedade mais complexa. Por volta de 3500 a.C. as populações que viviam às margens do Nilo deram origem a dois reinos: o Baixo Egito, na região do delta do rio, e o Alto Egito, no decurso do vale do Nilo Aproximadamente em 3200 a.C. Menés, que governava o Alto Egito, promoveu a unificação dos dois reinos ao invadir a região norte. A primeira dinastia, denominada Tinita, foi responsável por assegurar a unidade do país por cerca de 2000 anos.Mesopotâmia é a denominação dada pelos gregos antigos à região compreendida entre os rios Eufrates e Tigre, que cortam um extenso vale e aproximam-se na região sul, onde desembocam no Golfo Pérsico.Essa região é parte do "crescente fértil", área caracterizada pela possibilidade da prática agrícola, dada `a fertilidade da terra, produzida pelas cheias dos dois rios. Esse território é ladeado pelo deserto da arábia a oeste e pelo planalto do Irã a leste.Um das característica geográficas que também influenciou o desenvolvimento da região é a distinção entre o norte e o sul.Ao norte, região menos fértil e mais árida, onde predominam montanhas e planaltos, desenvolveram-se os povos babilônicos e assírio, que chegaram a dominar toda a região.Ao sul encontramos áreas de planícies aluvionais, irrigadas pelas enchentes periódicas, onde desenvolveram-se as primeiras civilizações, chamadas sumerianas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O que é a Dengue?


A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
Tipos de Dengue
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.
Formas de apresentação
A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
- Infecção InaparenteA pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum
sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue ClássicaA Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros
sintomas.
Os
sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue HemorrágicaA Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A
Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na
Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da DengueEsta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Férias


Mar poluído, areia contaminada, sol em excesso, picadas de insetos ou piscinas com germes e muito cloro: estes são alguns dos estraga prazeres de quem for aproveitar o verão.Na volta do litoral, crianças e adultos invariavelmente sofrem com as infecções nos olhos, ouvidos e pele, desidratação e infecção estomacal pelo consumo de alimentos deteriorados ou em excesso.Piscinas com grande concentração de produtos químicos podem causar conjuntivite e rinite alérgica.Mas algumas dicas podem ajudar a minimizar os dissabores. Na praia, caminhe de chinelos e fuja daquelas freqüentadas por cachorros, transmissores potenciais de bactérias e das que possuem esgoto a céu aberto. Convém lembrar que areias sujas, além de abrigo de micro organismos, podem esconder latas e vidros.As pessoas propensas a reações alérgicas devem tomar cuidado com o tempo de exposição ao sol e com picadas de insetos. A picada dos pernilongos, que vivem em águas paradas, e dos borrachudos, que preferem correntezas, causa os estrófulos, bolinhas vermelhas que coçam bastante.As crianças são vítimas freqüentes, mas, com o passar do tempo e a repetição das picadas, a reação se anula sob efeito de tratamento ou pela maior resistência do sistema imunológico. Telas na janela e véu sobre a cama são recursos que ajudam.Relacionamos a seguir, os problemas mais freqüentes do calor e a melhor maneira de combatê-los.Micose por fungos: Bolhas, vermelhidão ou descamação entre os dedos e na região da virilha, nádegas e púbis. Causadas pelo uso de banho de mar em praias poluídas, lava-pés sujos de piscinas e uso comum de toalhas e trajes íntimos.Infecções por bactérias: Bolhas ou nódulos que se multiplicam pelo corpo. Evite águas contaminadas e use roupas leves. Alimentos deteriorados podem causar infecção intestinal.Suor em excesso: Brotoejas, pequenas bolhas d’ água que surgem quando os poros entopem. Use roupas leves.Insolação: Atinge pessoas que abusam do sol nos primeiros dias. Os sintomas incluem pele seca, febre, etc. Crianças são mais afetadas.Desidratação: Exposição excessiva ao sol e não repor líquido com freqüência. Sol moderado e consumo constante de água e suco evitam o problema.Insetos: Embora inevitáveis, procure manter-se longe deles. Use repelente contra borrachudos e, em caso de picada, lave o local com água e sabão. O uso de pomada antialérgica ou outro medicamento deve seguir orientação médica. Na praia: Afaste-se de locais com esgoto e fezes de cachorro. Use chinelos, não nadem perto de rochedos, fique de olho nas crianças mesmo com bóias, elas transmitem falsa sensação de segurança.Na piscina: A água não pode estar esverdeada ou turva, a junta dos azulejos deve estar visível, o lava-pés deve estar limpo. Saia da água ao primeiro sinal de ardência nos olhos, irritação na garganta ou nariz.Siga estes conselhos e aproveite os prazeres da estação, como a água, o sol, o mar, a piscina junto com sua família e amigos.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Jesus e o Natal




Às vésperas do Natal, o mundo ocidental se vê às margens do Capitalismo. Muitos não sabem ou esquecem porque se comemora o Natal. Não vivem o verdadeiro sentido do Natal.




O nascimento de Jesus é o episódio que supostamente assinala o início da era cristã. Mas, devido a um erro de cálculo, cometido no século 6 d.C. pelo monge Dionísio, o Pequeno, as duas datas não coincidem. Sabe-se hoje que Jesus nasceu antes do ano 1 - entre 8 e 6 a.C.. Pode-se afirmar isso com razoável segurança, graças a uma passagem muito precisa do evangelho de Lucas. Segundo o evangelista, o fato aconteceu na época do recenseamento ordenado pelo imperador romano César Augusto. Esse censo, o primeiro realizado na Palestina, tinha por objetivo regularizar a cobrança de impostos. E os historiadores estão de acordo em situá-lo no período que vai de 8 e 6 a.C..
Nesse triênio, o ano mais provável é 7 a.C. Pois nele se deu um evento astronômico que poderia explicar uma outra passagem da narrativa evangélica: a "estrela" natalina mencionada por Mateus. Trata-se da conjunção dos planetas Júpiter e Saturno, que produziu no céu um ponto de brilho excepcional. Se o astro de Mateus for mais do que um enfeite mitológico, ele deve corresponder a tal fenômeno, que certamente impressionou os astrônomos da época. Esses sábios, atraídos a Jerusalém pelo movimento aparente do ponto luminoso, seriam os "magos do Oriente", de que fala o evangelista.
Com o recenseamento de Lucas e a "estrela" de Mateus, conseguimos chegar o mais perto possível do ano do nascimento. O mês e o dia continuam, porém, em aberto.
O festival pagão X a festa de Natal. O 25 de dezembro é obviamente uma data simbólica. Nesse dia, ocorria em Roma o festival pagão do Solis Invictus (Sol Invencível). Realizado logo depois do solstício de inverno - quando o percurso aparente do Sol ocupa sua posição mais baixa no céu - o evento celebrava o triunfo do astro, que voltava a ascender no firmamento. Muito cedo, os cristãos associaram as virtudes solares a Jesus, atribuindo-lhe várias qualidades do deus Apolo. Não surpreende que acabassem por transformar o festival pagão na sua festa de Natal. Isso aconteceu por volta do ano 330 d.C.
A ascendência do Messias. Mateus, seguido por Lucas, afirma que Jesus nasceu em Belém - hoje em território palestino. Essa afirmação chegou a ser contestada por alguns estudiosos contemporâneos. Pois Belém era a cidade de Davi e, segundo a tradição, o Messias esperado deveria surgir entre a descendência desse antigo rei de Israel. Situar o nascimento em Belém - dizem os contestadores - era uma forma de legitimar Jesus na condição de Messias. Embora interessante, esse raciocínio crítico não se apoia em nenhuma prova convincente. Lucas, ao contrário, oferece um bom argumento a favor de Belém: José, o esposo de Maria, futura mãe de Jesus, pertencia a uma família originária daquela cidade e a regra do recenseamento exigia que cada indivíduo se alistasse em sua localidade de origem. Por isso, a maioria dos especialistas aceita Belém sem reservas.
O lugar onde Jesus nasceu. De passagem por essa cidade, José e Maria procuraram onde se alojar. Mas, segundo Lucas, "não havia um lugar para eles na sala". A palavra "sala" (katalyma, em grego) tanto pode designar uma pousada como a casa de algum parente de José. Estando o local cheio, devido ao grande número de pessoas vindas de outras regiões para o recenseamento, o casal teve que se acomodar do lado de fora, talvez sob um alpendre, junto à manjedoura dos animais. Foi aí que Maria deu à luz.
O nascimento de Jesus nesse local humilde, rejeitado pelas "pessoas de bem", possui um profundo significado teológico. Ele repete a saga de grandes personagens mitológicos, como o deus indiano Skanda-Murugan (correspondente ao Dioniso dos gregos), que nasceu entre os caniços do pântano. E anuncia a trajetória futura daquele que seria a mais perfeita expressão da figura arquetípica do "Servo de Deus".


domingo, 16 de novembro de 2008

Cultura Africana


O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade.
Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte-africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do
Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara.
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias,
mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana.
A história da arte africana remonta o período
pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era).
Igbo-Ukwu: arte africana em bronze
Outros exemplos da arte primitiva africana são as esculturas modeladas em argila dos artistas da cultura Nok (norte da
Nigéria), feitas entre 500 AC e 200 DC. Destacam-se também os trabalhos decorativos de bronze de Igbo-Ukwu (séculos IX e X) e as magníficas esculturas em bronze e terracota de Ifé (do século XII al XV). Estas últimas mostram a habilidade técnica e estão representadas de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás, acreditava-se ter inspirações na arte da Grécia Antiga.
Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de
marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano etc.
A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos componentes artísticos de uma magnifíca arte afro-brasileira.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Carta-testamento de Getúlio Vargas



"Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)

sábado, 18 de outubro de 2008

A Importância do Verde


Você já imaginou um mundo sem plantas? Você andando de um lado para o outro ao longo das ruas e só vendo pedras, prédios, carros, lojas e fábricas? Ainda que fossem bonitos, teria a impressão de estar faltando algo. Mas, será que as plantas são apenas enfeites?
As plantas estão presentes na nossa vida diária, mas, na maioria das vezes, nem nos damos conta (...) pegue lápis e papel. Faça uma lista das coisas que você está vendo e que são feitas a partir de plantas. Quantas coisas encontrou? Peça a um amigo ou a uma outra pessoa que esteja perto que faça o mesmo. Compare as listas. Que tal você se saiu?
Além das frutas, legumes e verduras que comemos, as geléias, os Pães, o chocolate, o açúcar e a carne que existe por causa delas, como o boi com seu capim e a galinha com o milho. Viu só? Isso sem falar nos papéis, móveis e no próprio oxigênio. Tudo isso existe graças a elas. Se não fossem as plantas, nós e os outros animais não estaríamos aqui, agora.
Na verdade, vivemos num imenso jardim. Vamos passear por ele?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Crecimento Populacional


O crescimento demográfico não é o mesmo para todos países, em geral é bem maior nas áreas de fraca industrialização e grande população rural, e é bem menor nas áreas bastante industrializadas e de grande população urbana. Em outras palavras os países e as regiões mais desenvolvidas crescem populacionalmente bem menos que os subdesenvolvidos.

Países desenvolvidos- Predominam neste grupo de países baixas taxas de crescimento vegetativo, usualmente próximo a zero ou até mesmo negativo caso do continente europeu. A implicação econômica está na baixa capacidade de reposição populacional em diferentes faixas de idade.
Países subdesenvolvidos- Já neste grupo Predominam elevadas taxas de crescimento vegetativo com tendência a redução.
Causas da redução do crescimento vegetativo:
Crescimento urbano: elevado custo (benefício da criação de filhos em áreas urbanas).
Emancipação feminina, seguida das melhoras dos coeficientes educacionais.
Casamentos tardios.
Difusão dos contraceptivos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Expansão Marítima Européia


Usualmente, para compreendermos o advento das grandes navegações, fazemos uma associação entre o reavivamento comercial da Baixa Idade Média, a formação dos Estados Nacionais e a ascensão da burguesia para compreendermos tal experiência histórica. A primeira nação a reunir esse conjunto de características específicas foi Portugal, logo depois da Revolução de Avis.
Com essa revolução, ocorrida em 1385, Portugal promoveu uma associação entre sua nascente burguesia mercantil e o novo Estado Nacional ali consolidado. Desde o reino de Dom João I, Portugal sofreu um processo de uniformização tributário e monetário capaz de ampliar os negócios da burguesia e fortalecer economicamente a Coroa. Nessa época, as especiarias orientais eram de grande valia e procura no mercado Europeu. Desde o século XII, a entrada dos produtos orientais se dava pelo monopólio exercido pelos comerciantes italianos e árabes.
Visando superar a dependência para com esse dois atravessadores, Portugal promoveu esforços para criar uma rota que ligasse diretamente os comerciantes portugueses aos povos do Oriente. Dom Henrique (1394 – 1460), príncipe português, reuniu na cidade de Sagres vários navegantes, cartógrafos, marinheiros e cosmógrafos dispostos a desenvolver
conhecimentos no campo marítimo. Objetivando contornar o continente africano, o século XV assistiu o desenvolvimento da expansão marítima de Portugal. No ano de 1435, um grupo de 2500 desembarcou nas Ilhas Canárias dando início à formação das primeiras colônias portuguesas.
Em seguida, os portugueses partiram ao Cabo do Bojador, no litoral africano, até então definido como um dos limites máximos do mundo conhecido. Em 1434, o navegador Gil Eanes, ultrapassou o cabo abrindo portas para a conquista lusitana sob o litoral africano. Depois de formar novos entrepostos pela Costa Africana, um novo limite viria a ser superado. Em 1488, Bartolomeu Dias chegou ao Cabo da Boa Esperança definindo mais nitidamente a possibilidade de uma rota para o Oriente. Dez anos mais tarde, o navegador Vasco da Gama chegou à cidade indiana de Calicute e voltou a Portugal com uma embarcação cheia de especiarias.
No meio tempo em que Portugal despontou em sua expansão marítima, a Espanha se envolveu no processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica. O fim da chamada Guerra de Reconquista possibilitou a inserção dos espanhóis na corrida de expansão marítima. Atraídos pelo projeto do navegador genovês Cristóvão Colombo, a Espanha decidiu financiar a expedição do explorador italiano, em 1492. De acordo com o plano de Colombo, seria possível alcançar-se o Oriente navegando-se pelo Ocidente. Dessa aventura marítima, a Coroa Espanhola descobre o continente americano. A partir de então, a Espanha inaugurou uma nova área de exploração econômica.
Abrindo a rivalidade entre Portugal e Espanha, ambos os reinos buscaram assinar tratados definidores das regiões a serem por cada um deles. Em 1493, a Bula Intercoetera estabeleceu as terras a 100 léguas de Cabo Verde como região de posse portuguesa. No ano seguinte, Portugal solicitou o alargamento das fronteiras para 370 léguas de Cabo Verde. Essa revisão abre uma discussão sobre a possibilidade de navegadores portugueses já conhecerem terras ao sul do continente americano.
No ano de 1500, o navegante português Pedro Álvares Cabral anunciou a descoberta do Brasil. Com isso, os processos de exploração da América e a transferência do eixo econômico mundial iniciaram um novo período na economia mercantil européia. Ao longo do século XVI, outras nações, como Holanda, França e Inglaterra questionaram o monopólio ibérico realizando invasões ao continente americano e praticando a pirataria.
Como foi dito, o feudalismo em Portugal teve características próprias em relação ao restante da Europa. Em primeiro lugar o rei centralizava as decisões econômicas estimulando as feiras para trocas comerciais e guardando, em seus armazéns, alimentos para as regiões carentes. Com isso, o rei arrecadava altos impostos, garantido dinheiro para estimular as atividades mercantis e impulsionar a tecnologia marítima.

Em segundo lugar a atividade pesqueira lançava os portugueses em direção ao oceano. Inicialmente, apenas com a pesca da sardinha e a extração do sal, depois com a construção de embarcações maiores, para a pesca de atum e bacalhau, até chegar, no século XV, ao desenvolvimento das caravelas, que possibilitaram a caça da baleia e a conquista de novas terras.

Essas peculiaridades feudais associadas à localização geográfica do país, 'à beira- mar', plantado, estimularam, a partir do século XIV (1301-1400), o desenvolvimento das ciências náuticas. A construção de caravelas, o aperfeiçoamento do astrolábio (instrumento de medição da altura das estrelas no horizonte para orientar a navegação e a elaboração de mapas) e da bússola propiciaram a Portugal a abertura do comércio com a Inglaterra, França e Países Baixos (Holanda).

No século XV (1401 - 1500), a Europa apresentava os seguinte quadro: crescimento populacional, deslocamento de servos do campo para a cidade, desenvolvimento urbano, escassez de produtos agrícolas e ampliação comercial. Essa ampliação exigia a expansão em busca de novos mercados produtores e consumidores. O mar Mediterrâneo estava dominado econômica e comercialmente pelas cidades Italianas, em especial Veneza. no Século XV uma Europa necessitada de mercadorias impulsionou Portugal a enfrentar os desafios do oceano para muito além das costas Portuguesas, em direção ao sul do Atlântico. Essas viagens ficaram historicamente conhecidas como as Grandes navegações. Foi o momento da expansão ultramarina. A queda de Constantinopla nas mãos dos Turcos, em 1453, e o conseqüente fechamento da rota terrestre por onde passavam os produtos vindos do Oriente, estimularam ainda mais a busca de um caminho marítimo para as Índias.
Astrolábio

Os passos foram lentos. A cada nova conquista ou avanço sobre o oceano, somavam-se novas experiências e conhecimentos: 1415 - conquista de Ceuta, na África, importante base nos mercadores muçulmanos; primeiro porto do Atlântico fora da Europa. 1416 e 1431- conquista de Madeira e Açores: dois arquipélagos do Atlântico entre Europa e África. 1434 - avanço sobre o cabo Bojador: passagem decisiva para a conquista definitiva da África. 1440 a 1480 - conquista de várias ilhas, entre elas as de Cabo Verde e Porto -Príncipe, e regiões do continente africano (Guiné e Angola). 1487 - o navegador Bartolomeu Dias dobra o cabo da Boa Esperança no sul da África: passagem do Atlântico para o oceano Índico. 1498 - Vasco da Gama chega às Índias. 1500 - descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral.

Com a conquista das regiões africanas e asiáticas e a instalação de postos comerciais para as atividades mercantis, Portugal tornava-se a nação mais rica e de comércio mais organizado e lucrativo de toda a Europa do século XV As Índias representaram conquista significativa aos cofres do rei português, pois de lá vinham especiarias, pedras preciosas, marfins, perfumes, açúcar, ouro, prata, -tecidos, madeira e porcelana, para suprir as necessidades econômicas européias.

A rota das Índias pelo Atlântico era muito mais lucrativa do que pelo Mediterrâneo, que incluía um longo trecho por terra. A primeira viagem de Vasco da Gama foi exemplar para a economia portuguesa: obteve-se um lucro de 6 000%. Veneza jogava no mercado europeu 420 mil libras de pimenta por ano. Vasco da Gama, com um navio apenas, jogou 200 mil libras no mesmo mercado. As viagens pelo Atlântico eram mais longas, mas os lucros compensavam à medida que as transações comerciais cresciam.

Na última década do século XV, Portugal e Espanha eram as duas maiores potências econômicas da Europa. A importância desses reinos pode ser medida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 com a aprovação do Papa, em que ambos dividiram entre si o mundo conhecido ou o que viesse a ser descoberto: as terras encontradas a leste seriam de Portugal, as terras a oeste, da Espanha.

A partir do século XII, a realização das Cruzadas abriu a possibilidade de os europeus entrarem em contato com povos diferentes. As viagens pelo Mediterrâneo, as lutas entre católicos, muçulmanos e bizantinos acarretaram grandes transformações na vida européia, como o aperfeiçoamento das técnicas de guerra, a mudança de hábitos alimentares, novas palavras no vocabulário e, principalmente, o aperfeiçoamento de técnicas marítimas. Ao longo dos séculos XN, XV e XVI, os europeus perceberam que a ajuda divina e da Igreja não eram suficientes para suas vidas. Era necessário um esforço pessoal nos empreendimentos comerciais, na produção agrícola, no domínio da natureza, no conhecimento de técnicas marítimas. Os homens começavam a acreditar em si mesmos. Perceberam que de sua fraqueza diante da natureza nascia a força para dominá-la. O teocentrismo medieval dava lugar ao antropocentrismo renascentista: o homem era agora a medida de todas as coisas, isto é, pelas próprias forças ele poderia conquistar o mundo.

No século XV, a criação da Escola Naval de Sagres. pelo infante dom Henrique, foi um marco decisivo para as navegações portuguesas no Atlântico. A Escola de Sagres reuniu os maiores estudiosos do mundo europeu em técnicas de navegação e lançou ao mar pelo menos um navio por ano para estudar o oceano, fazer mapas e anotar as posições das estrelas para guiar os navegadores.

As viagens pelo Atlântico eram muito inseguras: todos os tripulantes dos navios, ao saírem de Portugal, assinavam o livro de óbitos. Mesmo assim, os portugueses colocavam em risco suas vidas, menos pela aventura do mar ou pela religião, e mais pelas possibilidades de riquezas comerciais.

A primeira expedição comercial às Índias, sob o comando de Pedro Álvares Cabral. Em 1500 - encerrando espetacularmente o século XV -, foi o marco definitivo das conquistas portuguesas. Reuniu-se a maior e mais bem organizada frota para chegar às Índias. A magnitude do empreendimento ressalta da comparação: enquanto Vasco da Gama levara apenas quatro naus em sua viagem pioneira e Cristóvão Colombo chegara à América com apenas três -, Cabral saiu no dia 8 de março com treze embarcações e mil e quinhentos homens. E trazia apenas uma recomendação do rei português, dom Manuel: afastar-se o máximo possível das águas conhecidas para descobrir um caminho mais rápido para as Índias.

Desse afastamento resultou a vista de inequívocos sinais de terra, a 21 de abril. No dia seguinte pela manhã avistaram um monte; como era a semana da Páscoa, chamaram- no de Monte Pascoal. O porto era seguro. No dia 23 seguiram os primeiros contornos e descobriram: não estavam nas Índias, porque os tradutores que conheciam a língua do Oriente não entenderam o que os habitantes da terra falavam. Estava descoberta a Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz e, finalmente, Brasil. Decidiram continuar viagem em 1° de maio para as Índias. Uma nau voltou a Portugal anunciando a nova terra descoberta.

No século XVI, a Europa passava por grandes transformações. A atividade mercantil crescia, forçando os reis a organizarem os Estados Nacionais, através de princípios econômicos que aumentassem suas arrecadações financeiras. Esses princípios eram:
- a maior quantidade possível de ouro e prata constituiria a base da riqueza de um país;
- o aumento da exportação de mercadorias permitiria acúmulo dos metais preciosos, ou
seja, levaria a uma balança comercial favorável;
- o protecionismo aos produtos nacionais deveria impedir a entrada de mercadorias iguais
ou semelhantes àquelas que o país possuísse;
- a transformação das matérias-primas em manufaturas estimularia o industrialismo;
- o estabelecimento de colônias para a produção de matérias-primas baratas e a exploração
de ouro e prata ajudariam a suprir as necessidades das metrópoles;
- O Pacto Colonial (as colônias só podiam comerciar com sua metrópole) e a criação de
Companhias de Comércio garantiam o monopólio comercial do sistema colonial. A prática desses princípios ficou conhecida como política mercantilista ou mercantilismo. A burguesia comercial era economicamente responsável pelas transações mercantis, cujos lucros fortaleceram o poder dos Estados Nacionais. O lema do mercantilismo poderia ser: ouro, poder e glória, ou seja, riqueza, domínio e prestígio... O sistema de governo baseado economicamente no mercantilismo era o Estado absolutista - o rei, apoiado pela burguesia comercial, centralizava o poder.

O comércio monopolista (exclusivista) promovido pelo rei e burguesia exigia que estes controlassem suas mercadorias não só em suas nações como também em outras. Essa prática gerou guerras na disputa de territórios comerciais entre os países europeus. A conquista de colônias tornava-se essencial para o equilíbrio econômico-financeiro das nações européias, pois as colônias poderiam produzir as matérias- primas inexistentes nas metrópoles. Além disso, os territórios colonizados consumiriam as manufaturas produzidas nas metrópoles.



Nas colônias de povoamento a economia era organizada para atender aos interesses dos colonos, que abandonaram seus países de origem por motivos de perseguição política ou religiosa, ou por condições subumanas de sobrevivência. Não se deve pensar, no entanto, que se tratava de colônias em que prevaleciam os interesses dos colonizados... Através das colônias de povoamento, o que se visava era a ocupação territorial, ao mesmo tempo em que se tentava resolver os problemas sociais, políticos e econômicos das populações pobres da Europa, permitindo-lhe novas alternativas de sobrevivência.

Quanto às colônias de exploração, foram organizadas com a finalidade de suprir a falta de matérias-primas da metrópole. Aqui, a economia obedecia ao que se costumou denominar de Pacto Colonial, que subordinava integralmente à metrópole toda transação comercial (exportação e importação) das colônias. Ou seja, os colonizadores extraíam toda a matéria-prima possível das colônias e as obrigavam a importar seus produtos manufaturados. As colônias de exploração fundamentavam sua economia na extração de metais ou na produção de qualquer gênero agrário, de alto valor mercantil, para ser vendido nos mercados europeus. Produção em latifúndio, especialização em um único produto agrícola (monocultura), emprego de mão-de-obra escrava eram as características desse modelo colonial.

Entender o modelo de colônias de exploração é fundamental, pois ele caracteriza todo um conjunto de colônias, exploradas pelos europeus em várias regiões (África , Ásia e América), que permitiriam o crescimento da acumulação de capitais gerados pelas atividades mercantis monopolistas. O monopólio da compra dos produtos coloniais permitia à burguesia mercantil adquiri-los a preços baixos. Os lucros eram enormes, pois essas mercadorias eram vendidas a preços vantajosos no continente europeu.

As práticas mercantilistas deram origem à economia pré-capitalista, que se desenvolveu principalmente nos séculos XVI, XVII até fins do século XVIII. A acumulação de capitais comerciais pelas práticas dos mercantilistas foi responsável pela transição do processo produtivo de manufaturas para o desenvolvimento industrial, característico da economia capitalista.

Portugal era um exemplo desse modelo mercantilista. A partir da viagem lucrativa de Vasco da Gama, em 1498, os navegadores portugueses estabeleceram acordos com mercadores da Índia para obter a exclusividade no comércio das especiarias. Através de guerras colonialistas os portugueses conseguiram garantir o comércio dos produtos orientais. Ouro da África e do Oriente, escravos africanos para a produção açucareira das ilhas do Atlântico, artigos de luxo (perfumes, sedas, tapetes) do Oriente, socorro à escassez de cereais do reino português e da Europa eram alguns objetivos lusitanos no início do século XVI.

Nos primeiros trinta anos após a descoberta do Brasil, Portugal desinteressou-se pela Terra de Santa Cruz e quase a abandonou, pois as especiarias e as manufaturas de luxo do Oriente eram mais lucrativas. Homens e dinheiro eram decisivos para o domínio militar e o combate aos árabes no controle comercial do Oriente. Isso fazia com que pouco sobrasse para investir na nova terra. Além disso, os portugueses não haviam encontrado no Brasil nem ouro nem prata, ou outro produto que pudesse ser comercializado no mercado europeu. Mesmo assim, houve várias expedições de reconhecimento do litoral brasileiro. Numa delas, os navegadores descobriram grande quantidade de pau-brasil na Mata Atlântica. Essa madeira já era conhecida pelos europeus, que a utilizavam como corante na indústria têxtil. Até então, o produto vinha do Oriente. O rei de Portugal firmou um contrato com mercadores para a exploração do pau-brasil nas novas terras.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Folclore Brasileiro



O que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem
indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curuira
Como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do
Halloween - Dia das Bruxas.
- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da
cultura popular.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

EXTINÇÃO


Cerca de 20% dos mamíferos do planeta correm risco de desaparecer, segundo a avaliação mais completa já feita da situação destas espécies no planeta. Segundo a "lista vermelha" publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), pelo menos 1.141 das 5.487 espécies de mamíferos terrestres estão ameaçadas de extinção.
BBC
Lista vermelha contémquase 45 mil espécies Pelo menos 188 se enquadram na categoria máxima de "perigo crítico", afirmou a UICN, que considerou a situação como uma "crise de extinção".O estudo, apresentado no Congresso Mundial da Natureza, que vai até o dia 14 de outubro em Barcelona, na Espanha, afirma que desde o ano 1500 pelo menos 76 espécies desapareceram.Segundo a entidade, isto se deve à perda e degradação dos hábitats de 40% dos mamíferos do planeta, em especial na América Central e do Sul, na África ocidental, oriental e central, em Madagascar e no sul e sudeste da Ásia.Não só mamíferos
A última edição da lista vermelha da UICN inclui 44.838 espécies, das quais 16.928 - quase 38% do total - correm perigo. Mais de 3,2 mil estão na categoria de ameaça máxima, disse a UICN.Os anfíbios também enfrentam o que a entidade qualifica como "crise", com 366 espécies adicionadas à lista este ano.Atualmente, 1.983 espécies (ou 32,4% do total) estão ameaçadas ou extintas, disse a entidade. Na Costa Rica, por exemplo, um sapo da espécie Incilius holdridgei não é observado desde 1986.Novo índice
A UICN anunciou em Barcelona o lançamento do que chamou "o índice Dow Jones da biodiversidade" - um indicador para monitorar a ameaça às espécies.Calculado em cooperação com a Sociedade Zoológica de Londres, o índice acompanha um conjunto de 1,5 mil espécies representativas da biodiversidade do planeta, para acompanhar as tendências gerais em relação a seu status.Cientistas já realizaram avaliações de todas as aves, mamíferos e anfíbios conhecidos, mas a amostragem geral só abarcava 4% da biodiversidade terrestre."Estamos emergindo das trevas no que diz respeito aos conhecimentos de conservação. Até agora nos baseávamos em um subconjunto muito limitado de espécies", disse em um comunicado o diretor dos programas de conservação da Sociedade Zoológica londrina, Jonathan Baillie."No futuro, ampliaremos o âmbito de nossos conhecimentos das espécies, incluindo uma gama de grupos mais extensa, o que permitirá assistir as decisões políticas de maneira muito mais objetiva e representativa."
Perda de biodiversidade
O trabalho quer se somar a esforços para o objetivo de conter até 2010 a gradual perda da biodiversidade da Terra.
BBC
Sapo Incilius holdridgei, da Costa Rica, nãoé observado desde 1986Um estudo realizado pelo cientista Jan Schipper, da organização Conservação Internacional (CI), afirma que a porcentagem de mamíferos ameaçada pode ser na verdade maior - 36%, nos cálculos de um artigo científico dele a ser publicado na revista Science."Isto indica que a prioridade para o futuro consiste em implementar ações de conservação apoiadas em bases científicas", declarou Schipper.A UICN afirmou que faltam dados para avaliar com precisão o status de 836 espécies de mamíferos e que, por isso, outras podem estar sob risco de desaparecer.Por outro lado, os resultados mostram que determinadas espécies à beira da extinção podem se recuperar - 5% dos mamíferos atualmente ameaçados demonstram sinais de recuperação em estado silvestre, disse a entidade.

sábado, 4 de outubro de 2008

Maracanã


Em meados da década de 40, os maiores estádios do mundo eram o River Plate, em Buenos Aires, e o Empire State, na cidade inglesa de Wembley, com capacidade para 120.000 pessoas. O estádio Pacaembu, em São Paulo, era o terceiro maior do mundo empatado com o estádio Nacional de Lisboa, em Portugal, com capacidade de 60.000 pessoas.O presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1948, decidiu investir no planejamento de um estádio de futebol gigante para sediar a 4ª edição da Copa do Mundo, em 1950. O estádio foi planejado pelos arquitetos Rafael Galvão, Pedro Paulo Bernardes Bastos, Orlando Azevedo e Antônio Dias Carneiro e inicialmente abrigava 155.000 espectadores.Foi batizado de Mário Filho, em homenagem ao jornalista fundador do Jornal dos Sports. O jogo inaugural aconteceu no dia 17 de junho de 1950, entre as seleções do Rio e São Paulo, cuja vitória foi dos paulistas por 3 x 1, o jogo contou com a presença de Didi.O primeiro jogo oficial aconteceu no dia 24 de junho de 1950, no jogo Brasil 4 x 0 México, pela Copa do Mundo. Em 1963, foi palco da final interclubes entre o Santos, de Pelé que conquistou o título vencendo o Milan, da Itália.Tornou-se , até há poucos anos, o maior estádio do mundo, nele os brasileiros testemunharam a derrota do Brasil na final de 50 para o Uruguai, o milésimo gol de Pelé, os shows de Frank Sinatra, Paul McCartney e do Rock in Rio II; além da vinda do Papa João Paulo II, em 1980 e 1997.A maior goleada registrada em jogos oficiais foi o resultado Flamengo 12 X 2 são Cristóvão, em 28 de outubro de 1956. A palavra "Maracanã" em tupi significa “maracá” (chocalho) e “nã” (semelhante) e designa um som emitido por um papagaio conhecido como Maracanã-guaçu.

História das Eleições no Brasil




* 500 anos de eleições
As eleições não são uma experiência recente no País. O livre exercício do voto surgiu em terras brasileiras com os primeiros núcleos de povoadores, logo depois da chegada dos colonizadores. Foi o resultado da tradição portuguesa de eleger os administradores dos povoados sob domínio luso. Os colonizadores portugueses, mal pisavam a nova terra descoberta, passavam logo a realizar votações para eleger os que iriam governar as vilas e cidades que fundavam. Os bandeirantes paulistas, por exemplo, iam em suas missões imbuídos da idéia de votar e de serem votados. Quando chegavam ao local em que deveriam se estabelecer, seu primeiro ato era realizar a eleição do guarda- mor regente. Somente após esse ato eram fundadas as cidades, já sob a égide da lei e da ordem. Eram estas eleições realizadas para governos locais.



> Eleições em quatro graus
As votações no Brasil chegaram a ocorrer em até quatro graus: os cidadão s das províncias votavam em outros eleitores, os compromissários, que elegiam os eleitores de paróquia, que por sua vez escolhiam os eleitores de comarca. Estes, finalmente, elegiam os deputados. Os pleitos passaram depois a ser feitos em dois graus. Isso durou até 1881, quando a Lei Saraiva introduziu as eleições diretas. Das bolas de cera à urna eletrônica Os votos eram a princípio depositados em bolas de cera chamadas de pelouros; depois vieram as urnas de madeira, as de ferro e as de lona, até que se implementou em todo o País, no ano 2000, o voto informatizado, realizado em urnas eletrônicas que possibilitam a apuração das eleições quase que de forma imediata.



> Eleições livres
Até 1828, as eleições para os governos municipais obedeceram às chamadas Ordenações do Reino, que eram as determinações legais emanadas do rei e adotadas em todas as regiões sob o domínio de Portugal. No princípio, o voto era livre, todo o povo votava. Com o tempo, porém, ele passou a ser direito exclusivo dos que detinham maior poder aquisitivo, entre outras prerrogativas. A idade mínima para votar era 25 anos. Escravos, mulheres, índios e assalariados não podiam escolher representantes nem governantes.

> As primeiras eleições
As eleições para governanças locais foram realizadas até a Independência. A primeira de que se tem notícia aconteceu em 1532, para eleger o Conselho Municipal da Vila de São Vicente-SP. As pressões populares e o crescimento econômico do país, contudo, passaram a exigir a efetiva participação de representantes brasileiros nas decisões da corte. Assim, em 1821, foram realizadas eleições gerais para escolher os deputados que iriam representar o Brasil nas Cortes de Lisboa. Essas eleições duraram vários meses, devido a suas inúmeras formalidades, e algumas províncias sequer chegaram a eleger seus deputados.


> Influência religiosa
A relação entre Estado e Religião, até fins do Império, era tamanha que algumas eleições vieram a ser realizadas dentro das igrejas. E durante algum tempo foi condição para ser eleito deputado a profissão da fé católica. As cerimônias religiosas obrigatórias que precediam os trabalhos eleitorais só foram dispensadas em 1881, com a edição da Lei Saraiva. Essa ligação entre política e religião somente cessou com a vigência da Constituição de 1891, que determinou a separação entre a Igreja e o Estado.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Problemas Sociais Brasileiros


* Desemprego:
Embora a geração de empregos tenha aumentado nos últimos anos, graças ao crescimento da economia, ainda existem milhões de brasileiros desempregados. A economia tem crescido, mas não o suficiente para gerar os empregos necessários no Brasil. A falta de uma boa formação educacional e qualificação profissional de qualidade também atrapalham a vida dos desempregados. Muitos têm optado pelo emprego informal (sem carteira registrada), fator que não é positivo, pois estes trabalhadores ficam sem a garantia dos direitos trabalhistas.
* Violência e Criminalidade:
A violência está crescendo a cada dia, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios e tvs presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas. A falta de um rigor maior no cumprimento das leis, aliada as injustiças sociais podem, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país.
* Poluição:
Este problema ambiental tem afetado diretamente a saúde das pessoas em nosso país. Os rios estão sendo poluídos por lixo doméstico e industrial, trazendo doenças e afetando os ecossistemas. O ar, principalmente nas grandes cidades, está recendo toneladas de gases poluentes, derivados da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo - gasolina e diesel principalmente). Este tipo de poluição afeta diretamente a saúde das pessoas, provocando doenças respiratórias. Pessoas idosas e crianças são as principais vítimas.
* Saúde:
Nos dias de hoje, pessoas que possuem uma condição financeira melhor estão procurando os planos de saúde e o sistema privado, pois a saúde pública encontra-se em estado de crise aguda. Hospitais superlotados, falta de medicamentos, greves de funcionários, aparelhos quebrados, filas para atendimento, prédios mal conservados são os principais problemas encontrados em hospitais e postos de saúde da rede pública. A população mais afetada é aquela que depende deste atendimento médico, ou seja, as pessoas mais pobres.
*Educação:
Os dados sobre o desempenho dos alunos, principalmente da rede pública de ensino, são alarmantes. A educação pública encontra vários problemas e dificuldades: prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. Este quadro é resultado do baixo índice de investimentos públicos neste setor. O resultado é a deficiente formação dos alunos brasileiros.
* Desigualdade social:
O Brasil é um país de grande contraste social. A distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto.
* Habitação:
O déficit habitacional é grande no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é muito comum a presença de favelas e cortiços. Encontramos também pessoas morando nas ruas, embaixo de viadutos e pontes. Nestes locais, as pessoas possuem uma condição inadequada de vida, passando por muitas dificuldades.

sábado, 27 de setembro de 2008

História, Política e Religião


A religião sempre foi usada como instrumento demagógico, em vários momentos históricos e por todas as civilizações. Vejamos alguns exemplos:
As civilizações antigas, como os egípcios, por exemplo, acreditavam na divindade do Faraó, que por conseguinte, se prevalecia desta crença para centralizar o poder em suas mãos (teocracia). Desobedecer ao Faraó significava um pecado gravíssimo contra Amon-Rá.
Na História Clássica, a mitologia era sincrética com a administração dos impérios grego e romano. Os deuses protegiam, ajudavam e puniam os que se rebelassem contra o governo.
O Absolutismo, na Era Moderna foi justificado também pela Teoria do Direito Divino. O rei era colocado por Deus para administrar o povo.
Em pleno século XXI, existem muitas sociedades que ainda norteiam sua política em bases religiosas, não importando qual filosofia, para fins de manter a sociedade sob controle.

terça-feira, 23 de setembro de 2008


A Crise das Bolsas e os Ciclos da Especulação


É tão certo que a luz do sol segue a luz da lua como é certo que a um período de alta especulativa na bolsa de valores segue um período de baixa e, eventualmente, de quebras. A bolsa é um típico sistema especulativo que descreve um padrão caótico pelo qual ciclos de alta terminam erraticamente em ciclos de baixa, que por sua vez iniciam novos ciclos de alta. Pessoas que participam desse jogo, com diferentes graus de informação, se entregam, em último caso, ao acaso. Seus lances no curto prazo são, em geral, governados pela sorte.
Não se pode dizer que a crise que acaba de ser iniciada das bolsas mundiais estivesse prevista. É que o conceito de previsão exige uma datação. Obviamente, qualquer um que tenha acompanhado os movimentos especulativos recentes da economia mundial e, particularmente, o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, estava em condições de especular sobre uma crise próxima do mercado de risco. Ninguém, porém, poderia precisar exatamente quando. Quem por acaso previu caiu fora, com algum dinheiro.
A bolsa é uma instituição típica do capitalismo, mas se tornou inteiramente disfuncional nos tempos atuais. Virou um cassino. Ela já tinha essa característica na origem, e, por isso, sempre atraiu jogadores. Contudo, depois do capitalismo maduro praticamente não existe captação de capital em bolsa para investimentos produtivos de monta. As grandes corporações usam seus próprios fluxos de caixa para financiar 70% dos seus investimentos, tomam emprestado dos bancos 20% e captam apenas 10% no mercado primário de ações. Assim, a bolsa se apresenta, hoje, como uma espécie de mamilos do homem: não tem função real na economia, e muito menos valor estético.
O que mantém o mito da importância das bolsas são as intrincadas relações que se travam através dela. Por mais que a caderneta de poupança ou um título do tesouro sejam um investimento seguro, porque gozam da garantia do Estado, o mercado acionário sempre exercerá algum fascínio maior sobre a mente dos que querem dar grandes tacadas. Se este fosse um impulso apenas dos especuladores profissionais não haveria grande problema. Mas haverá sempre quem convencerá a velhinha de Taubaté a colocar o dinheiro que lhe deixou o querido morto num lugar mais rentável que a caderneta, apesar do risco.
Forma-se, assim, uma espécie de rede em torno da bolsa, pela qual especuladores de primeira ordem atraem como parceiros (ou vítimas) especuladores de segunda e de terceira ordem. Além disso, a especulação com ações pode representar para muitos uma fonte de renda, e não apenas um jogo patrimonial. Em conseqüência, diferentemente de um cassino comum, o mercado acionário liga-se marginalmente ao mercado produtivo, através do circuito de renda. Por essa razão, a quebra de bolsa, em última instância, pode acabar afetando a economia real, não obstante sua pífia contribuição para ela em tempos normais.
Mas a bolsa funciona sobretudo como um símbolo ideológico nas relações capitalistas. O que leva um executivo de estatal como a Petrobrás a cumprir todo um rito de passagem para colocar as ações da empresa no mercado acionário de Nova Iorque? Por certo não é a necessidade de captação de recursos de risco em dólar, pois a Petrobrás sempre teve um grande poder de alavancagem de empréstimos. Contudo, dá status a seus executivos ver as ações da empresa negociadas em Nova Iorque. E isso, aparentemente, favorece também, de forma indireta, a captação de recursos junto aos bancos.
Contudo, um banco de investimento que mede a credibilidade da Petrobrás pelo comportamento de suas ações do mercado não é conceitualmente diferente da velhinha de Taubaté que compra ações no mercado acionário confiada em que vão valorizar sempre. É que o mercado é essencialmente aleatório. Hoje sobe, amanhã cai. E não há uma regra determinística dizendo quando ele sobe e quando cai. Isso não impede, porém, que se crie toda uma fantasia em torno da performance das ações, com a busca de um determinante de seu comportamento na economia real como âncora das chamadas expectativas racionais.
Acabo de ler um artigo de Affonso Celso Pastore e Maria Cristina Pinotti sustentando que a economia brasileira corre sério risco de credibilidade junto aos mercados externos porque o Governo não cortou suficientemente os gastos públicos. Isso é o cerne do receituário de uma política fracassada, dominada por charlatães neoliberais, produtores da maior crise de desemprego de nossa história. Com a iminência de reflexos sobre nós da crise das bolsas, invocam desculpas esfarrapadas, quando o absurdo é o de não nos termos protegido contra a especulação externa, controlando os fluxos de capital especulativo.


J. Carlos de Assis.Economista e Professor.

sábado, 30 de agosto de 2008

Campanha de Natal 2013 - Aluno Feliz




Leciono para muitos alunos carentes da Rede Pública do Estado do Rio de Janeiro. Se você tem brinquedos, livros, material escolar ou qualquer doação para o natal deste ano, entre em contato comigo através do email: otavioprofessor@ig.com.br ou tel 21-8750-5646

Se quiser contribuir com dinheiro deposite na conta abaixo:
Itau
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cc:297689

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Império Romano


Origem de Roma : explicação mitológicaOs romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da península itálica : gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe. A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida. Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
Formação e Expansão do Império RomanoApós dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a
Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41),
Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).
Luta de gladiadores: pão e circo
Pão e Circo Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Cultura RomanaA cultura romana foi muito influenciada pela
cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.
Religião Romana Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos
deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
Crise e decadência do Império RomanoPor volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares.
Os povos germânicos, tratados como
bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.