sexta-feira, 28 de março de 2008

ESPECIAL: 200 ANOS DA VINDA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA


Comemora-se o bicentenário da vinda da família real portuguesa ao Brasil, ocorrida em 1808. Comente a importância deste fato histórico para o desenvolvimento do Brasil.

23 comentários:

Unknown disse...

Brasil Colônia

A Missão Artística Francesa
Quando em 1808 a família real se viu obrigada a vir para o Brasil, trouxe com ela, mesmo que inconscientemente, a semente da criação desta, que seria a precursora do ensino de arte no Brasil, a missão artística francesa de 1816. Composta por importantes nomes das artes francesas veio para ser o marco inicial do ensino de arte no Brasil.

Unknown disse...

Concordo. Com a chegada da Familia Real em 1808 ouve um grande insentivo a educao que faz com que mais pessoas se interessem pela arte, como por exemplo a literatura. Essa transferencia ocorreu devido as divergencias entre o aliado de Portugal(Inglaterra) e Franca, porque napoleao queria tomar o reino de Portugal, mas o vinculo entre Portugal e o inimigo de Napoleao era muito grande, entao a unica saida foi....vir para o Brasil. Essa transferencias causou consequencias boas e ruins. As boas como eu ja falei, incentivo a cultura, a abertura dos portos as nacoes amigas, a criação do Banco do Brasil, Jardim Botânico, Teatro Real, Imprensa Régia, Escola Médica. As ruins foram principalmente as pessoas que tinham que abandonar suas casas para servir como residencia de pessoas da nobreza portuguesa e claro com o aumenta da nobreza no Brasil se necessitava mais escravos.

Brian

Karoliny disse...

E também há 200 anos atrás,com a chegada lusitana ao Brasil,este ainda não era uma nação,mas essa chegada real portuguesa trousse inúmeras consequências,como:principalmente formar o Brasil nação independente, a ruptura colonial , o ingresso na esfera de domínio da Inglaterra,a decretação de abertura dos Portos as naçoes amigas por D. João e a própia revolução de 1820 em Portugal,após a derrota de Napoleão , entre outras.
Até hoje o Brasil e seu povo é grato por esse período histórico,pois o que Portugal perdeu o Brasil ganhou,por que o continente europeu sofreu invasões,doenças,mortes,pobreza e as maiores desgraças que os homens podem fazer com os outros.

Marcelo gomes disse...

Marcelo Gomes:
Com a chegada da Família Real Portuguesa o Brasil ganha vários privilégios como o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real de Artes, o Observatório Astronômico e a Escola de Medicina. A criação dessas instituições permitiram que a população brasileira aprimorasse seus estudos. A presença da corte em terras coloniais permitiu transformações urbanas no Rio de Janeiro; novas interações de seus habitantes com a população européia, novos hábitos e novas idéias políticas.

Mauricio Souza disse...

200 Anos se passaram, e Portugal se orgulha sempre de todas as conquistas alcançadas pela sua nação filha. E nunca esquecem de o quanto ajudaram o Brasil, trazendo a cultura deles, criando bancos, Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real de Artes e a Escola de Medicina entre outras. Definitivamente a chegada da Família real para o Brasil mudara totalmente o futuro do país, concerteza para melhor.

Mais essa mudança real não foi atoa, a corte fugira de sua "nação mãe" pôs haverá de estar sendo invadida pelas tropas napoleônicas, indo para a sua maior colônia o Brasil. Talvez sendo esse seu único porto seguro no mundo, e por esse motivo mudara definitivamente o futuro do Brasil.

Bernardo Almeida disse...

Os 200 anos da vinda da família real portuguesa para o Brasil ocorreu, pois Napoleão Bonaparte estava preste a invadir Portugal e a solução encontrada pelo príncipe regente português para fugir da invasão de Napoleão era de transferir sua corte para sua colônia, o Brasil.
Com essa transferência os membros da corte vieram morar no Rio de Janeiro, só que não havia residências para a corte, então, a solução encontrada foi que as casas mais bonitas e mais estruturas do Rio de Janeiro na época foram escolhidas para a moradia dos portugueses e as pessoas que moravam nas casas tiveram um prazo para poder deixar a casa. Cada morador ganharia um dinheiro como se fosse um aluguel, mas quem definia quanto seria o aluguel era o membro da corte que moraria na casa.

Barbiebrasileira disse...

O século XIX no Brasil presencia mudanças profundas na história das artes plásticas em relação aos séculos anteriores, cujo sentido não pode ser compreendido sem referência à chamada Missão Artística Francesa. Ela tinha importantes nomes das artes francesas e veio para ser o marco inicial do ensino de arte no Brasil. Por ser um grupo grande formado por um número elevado de profissionais, sempre ocorreu desconfianças sobre como realmente surgiu a idéia de sua formação e de que forma ocorreram as negociações entre os artistas e os representantes da coroa portuguesa que culminaram com a partida para o Brasil deste grande número de imigrantes franceses.
Os franceses foram convidados pela coroa portuguesa para criarem uma escola de artes no Brasil ou diante da desestruturação da sociedade francesa abalada por fortes acontecimentos políticos e sociais, procuraram forças à coroa portuguesa e ofereceram seus préstimos e talentos?
Não é exposto de forma clara que o convite para os franceses partirem para o Brasil tenha sido feito pela coroa portuguesa.
A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios é criada por decreto no dia 12 de agosto de 1816, estabelecendo pelo período de seis anos pensão aos artistas franceses.
A escola abre as portas somente em 5 de novembro de 1826, passando por dois outros decretos, o de 12 de outubro de 1820, que institui a Real Academia de Desenho, Pintura e Arquitetura Civil, e o derradeiro, de 25 de novembro do mesmo ano, que anuncia a criação de uma escola de ensino unicamente artístico com a denominação Academia e Escola Real.
Historicamente, além da importância da Missão Artística Francesa como fundadora do ensino formal de artes no Brasil, pode-se dizer que durante o tempo em que esses artistas permanecem no país, dentro ou não da Academia, eles ajudam a fixar a imagem do artista como homem livre numa sociedade de cunho burguês e da arte como ação cultural leiga no lugar da figura do artista-artesão, submetido à Igreja e seus temas, posição predominante nos séculos anteriores.

Tony disse...

A decisão da família real portuguesa de deixar Lisboa e rumar para o Rio de Janeiro, 200 anos atrás, salvou a dinastia de D. João e preparou o Brasil para a independência.
Os prédios eram muito inferiores aos de Portugal. Não dava para chamar aquilo de palácio, com isso reformas e contruções foram feitas e permanecem preservados.
Com a vinda da Família Real Portuguesa, o Brasil sofreu uma mudança definitiva e radical que acompanhamos até os dias de hoje.
Para lembrar os 200 anos da instalação da corte no Brasil, diversos eventos estão sendo realizados pelo Brasil.

Unknown disse...

Foi muito mais do que uma simples mudança necessária, na época, para a corte fugir de um ambiente de guerra (Portugal estava às portas da dominação napoleônica, em 27 de novembro de 1807). Esta mudança foi também de ordem política (a cidade do Rio de Janeiro passou a ser a capital do Império português), e também houve uma grande mudança na influência econômica sobre o Brasil.k

Unknown disse...

Em 1816, a convite do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, chegou ao Brasil um grupo, chamado de Colônia Lebreton, de artistas franceses para introduzir o estilo neoclássico no país, que revolucionaria as artes na corte tropical do Rio de Janeiro.
A missão Francesa chegou em um momento em que o Brasil, e em especial o Rio de Janeiro, procurava se atualizar e reorganizar depois da imprevista transferência da Família Real Portuguesa, o que favoreceu os acordos comercias entre a frança e o Brasil, e o desejo da coroa de desenvolver as Artes e Ofícios na América, onde passou a viver a Família Real e parte da Nobreza Portuguesa.Logo, D. João VI assinou um decreto para a criação da escola Real das Ciências, Artes e Ofícios. Foi instaurada uma nova metodologia de ensino, com a criação de uma Escola de Belas Artes. A Missão Francesa sofreu muita resistência por parte dos artistas nativos, por esta razão, somente em 1826, dez anos depois de sua chegada ao Brasil é que a Missão Francesa deu realmente bons frutos significativos, com a instauração da Academia Imperial. A Missão Francesa teve papel importante na atualização do Brasil em relação ao quer ocorria na Europa na época, foi a modernidade em seu tempo, enfim, os Franceses foram os fundadores da Arte Acadêmica, precursores das noções de saneamento e higiene e foram os qualificados professores da primeira geração de artista nacionais educados em escola pública e estes formaram muitos outros de grande valor, seguindo os mesmo princípios.

Ariadne disse...

Com a corte portuguesa instalada no Brasil, nosso país passou a ser a sede do governo português. Algumas medidas tomadas trouxeram muitos benefícios para a Colônia como: a instalação de indústrias, o que antes era proibido, a criação do banco do Brasil, da Casa da Moeda, da Imprensa Régia, do Jardim Botânico, da Biblioteca e do Teatro Real, a fundação das escolas de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, a criação de três ministérios, Guerra e Estrangeiros, Marinha, e Fazenda e Interior, a instituição da Junta Geral do Comércio, a instalação da Casa da Suplicação (Supremo Tribunal), e a abertura dos portos para as nações amigas, assinado por Dom João logo depois de sua chegada ao Brasil.
Além disso, a fixação da corte no Rio dinamizou todas as atividades da colônia, nobres passaram a investir seus capitais aqui, para dinamizar a economia foi revogada a lei que proibia a instalação de indústrias, foi iniciada a construção de estradas e a melhoria dos portos. Novas espécies de vegetais, como o chá, foram introduzidas, e promoveu-se a vinda de colonos europeus. As medidas, no entanto não provocaram um desenvolvimento muito grande da indústria, pois esta não reunia condições para competir com produtos ingleses q invadiam o mercado, navios abarrotavam a alfândega com mercadorias de todo o tipo, e em conseqüência das importações a balança comercial passou a ser deficitária.

Zahara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zahara disse...

Com a corte portuguesa instalada no Brasil, nosso país passou a ser a sede do governo português. Algumas medidas tomadas trouxeram muitos benefícios para a Colônia como: a instalação de indústrias, o que antes era proibido, a criação do banco do Brasil, da Casa da Moeda, da Imprensa Régia, do Jardim Botânico, da Biblioteca e do Teatro Real, a fundação das escolas de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, a criação de três ministérios, Guerra e Estrangeiros, Marinha, e Fazenda e Interior, a instituição da Junta Geral do Comércio, a instalação da Casa da Suplicação (Supremo Tribunal), e a abertura dos portos para as nações amigas, assinado por Dom João logo depois de sua chegada ao Brasil.
Além disso, a fixação da corte no Rio dinamizou todas as atividades da colônia, nobres passaram a investir seus capitais aqui, para dinamizar a economia foi revogada a lei que proibia a instalação de indústrias, foi iniciada a construção de estradas e a melhoria dos portos. Novas espécies de vegetais, como o chá, foram introduzidas, e promoveu-se a vinda de colonos europeus. As medidas, no entanto não provocaram um desenvolvimento muito grande da indústria, pois esta não reunia condições para competir com produtos ingleses q invadiam o mercado, navios abarrotavam a alfândega com mercadorias de todo o tipo, e em conseqüência das importações a balança comercial passou a ser deficitária.

Ariadne Puga Araujo (Colégio Laranjeiras).
ariadnearaujo@superig.com.br

Unknown disse...

LEANDRO :

No dia 22 de janeiro de 1808, chegava a Salvador a família real portuguesa, em fuga das tropas do exército francês, comandadas por Napoleão Bonaparte, que expandia seu domínio sobre a Península Ibérica. Politicamente, o evento significava a transferência do governo de Portugal e de suas colônias para o território brasileiro.
O Estado português estava, então, sob a regência do príncipe dom João de Bragança, uma vez que a rainha Maria 1ª., sua mãe, encontrava-se afastada do trono desde 1792, devido a problemas de saúde mental.

O papel do príncipe regente - que seria coroado rei de Portugal, dom João 6º, em 1816 - foi fundamental para a transformação da vida no Brasil da época, a partir do momento em que ocorreu o desembarque na Bahia.

Foram apenas 34 dias em Salvador. O breve tempo, porém, não impediu dom João de tomar decisões fundamentais para destravar a economia brasileira e promover o crescimento da cidade que, até 1763, foi a primeira capital do Brasil.

Menos de uma semana após chegar à Bahia, o príncipe regente provocou uma verdadeira revolução na economia brasileira, ao decretar a abertura dos portos do país às nações amigas de Portugal. Era o fim do monopólio comercial português com o Brasil.

A medida permitiu que navios mercantes estrangeiros atracassem livremente nos portos brasileiros. O país passou a se beneficiar do comércio direto com a Inglaterra. Terminava o Pacto Colonial que, entre outras imposições, obrigava que todos os produtos das colônias passassem, primeiro, pelas alfândegas de Portugal. A decisão tem caráter histórico também por ser a primeira Carta Régia promulgada em território brasileiro, a 28 de janeiro de 1808.
Em Salvador, o príncipe regente também fundou a Escola de Cirurgia da Bahia, embrião para a criação da primeira faculdade de medicina do Brasil. Erguida ao lado do Colégio dos Jesuítas (atual Catedral Basílica de Salvador), no Terreiro de Jesus, a Escola de Cirurgia - mais tarde Faculdade de Medicina - funcionou por mais um século no mesmo local, até ser incorporada pela UFBa (Universidade Federal da Bahia). Dois séculos depois, a obra deixada por dom João não perdeu o seu charme - suas salas centenárias abrigam grande parte do acervo da história da medicina do Brasil.

Antes de seguir para o Rio de Janeiro - o que aconteceu no dia 24 de fevereiro de 1808 -, dom João ainda autorizou a criação de indústrias de vidro, pólvora, tabaco e colheita de algodão. Naquele começo de século 19, o setor industrial brasileiro não passava de uma miragem por três motivos básicos: a mentalidade escravocrata dos "empresários", a falta de capital para investimento na expansão dos negócios e a concorrência inglesa.

Dom João tomaria outras decisões muito importantes para o desenvolvimento do Brasil ao chegar ao Rio de Janeiro, para onde transferiu a sede do governo português. Na verdade, a presença da corte portuguesa no país acelerou o processo que resultou em nossa Independência, proclamada pelo herdeiro de dom João, dom Pedro. Isso, porém, já é o começo de uma outra história.

felipe disse...

Em 1808 a familia real foi obrigada a vir para o brasil,devido a uma força maior(napoleão) que queria tomar todo o reino de portugal.E como o vinculo de portugal e napoleão era muito grande, a unica saída era se transferir para o brasil.
Nessa transferencia , ocorreu pontos positivos devido ao grande incentivo a arte(literatura) a partir dai foram cirados monumentos como, o teatro real, jardim botanico, até o banco do brasil e uma grande escola médica.Mas também teve seus pontos negativos, porque quando a nobreza chegou no brasil prescisava de um lugar para morar então famílias foram tiradas de sua casas para abriga-los e quanto mais pessoas nobres alí viviam mais escravos eram necessitados.

Unknown disse...

Após os Tratados secretos de Tilsit de Julho de 1807, os representantes da França e de Espanha em Lisboa entregaram ao príncipe regente de Portugal, dom João, em 12 de Agosto, os “pedidos” de Napoleão: Portugal teria que se juntar no bloqueio continental que a França decretara contra a Inglaterra; fechar os seus portos à navegação britânica; declarar a guerra aos ingleses; sequestrar os seus bens em Portugal, e prender todos os ingleses residentes. D. João era intimado a dar uma resposta até ao dia 1 de Setembro.

No Conselho de Estado em Portugal, reunido no dia 18 de Agosto, sem se conhecer ainda a manobra de Napoleão, vence a posição do ministro António de Araújo e Azevedo: Portugal unia-se à causa do bloqueio continental, fechando-se os portos aos navios ingleses. A única objecção aos “pedidos” de Napoleão era a de se não aceitar o sequestro de bens e de pessoas de nacionalidade inglesa, por não serem conciliáveis com os princípios cristãos. O ministro Araújo mandou escrever as cartas e expediu-as. Essa era a posição tomada por Lisboa, mas deixando vencida uma minoria liderada por D. Rodrigo de Sousa Coutinho, que defendera que se fizesse guerra contra a França e Espanha, e que se aprontasse 70 mil homens e que se mobilizassem 40 milhões de cruzados para a custear. Na mesma reunião, Coutinho formula de novo (preconizara-a já em 1803) a idéia de uma retirada estratégica: se Portugal não tiver sorte nas armas, então “passasse a família Real para o Brasil”. [6]

A idéia estava uma vez mais lançada, mas estava claro que os membros do Conselho de Estado se encontravam divididos em dois partidos – o chamado “partido francês” e o chamado “partido inglês”. O “partido inglês”, liderado por Rodrigo de Sousa Coutinho, contando também com personalidades como a de D. João de Almeida, preconizava a continuação dos pactos internacionais com o Reino Unido, insistindo na necessidade de encarar com firmeza a ideia de guerra. O “partido francês”, liderado por António de Araújo e Azevedo, defendia a aceitação das condições francesas e, embora dissesse que buscava a neutralidade, inclinava-se para o lado da França.

Sucedem-se as reuniões. Em 30 de Agosto, na reunião do Conselho de Estado, vinga a ideia de se enviar para o Brasil apenas o príncipe da Beira (príncipe D. Pedro, herdeiro do trono) e as Infantas. Dom Rodrigo de Sousa Coutinho continua a defender a ideia de que Portugal devia fazer primeiro guerra à França e que a saída de toda a Família Real só se deveria realizar perante a dificuldade militar. Começaram imediatamente os preparativos para a saída do príncipe da Beira e das infantas, mandando-se aprontar uma Esquadra de quatro naus. As restantes naus da Armada portuguesa ficariam em defesa do Porto de Lisboa.

Nas flutuações constantes do período que se segue, as movimentações do general Lannes, embaixador francês em Lisboa, frutificam na queda de dom Rodrigo de Sousa Coutinho, de dom João de Almeida, e na demissão de Pina Manique. Vencia o “partido francês”, com António de Araújo e Azevedo a substituir os ministros demitidos, e a triunfar a “política de neutralidade” favorável à França de Napoleão.

Em meados de Outubro, a reunião do Conselho de Estado fez-se já sem a presença de dom Rodrigo de Sousa Coutinho. Antes de receber qualquer resposta, Napoleão dera já ordem de marcha através da Espanha a um exército de cerca de 30 mil homens sob o comando de Junot. Não se sabe ainda se as tropas se dirigem para Portugal, avaliando-se as posições das potências. Napoleão Bonaparte mostrava-se cauteloso, modificando a cláusula em que pedia o sequestro dos bens e pessoas de nacionalidade britânica; Manuel de Godoy, dizia que se a Espanha tivesse a intenção de tomar Portugal, tê-lo-ia feito em 1801, mas “que nem se lembrasse(m) do retiro para o Brasil”; o rei do Reino Unido exortava à transferência para o Brasil da família real e oferecia a sua Esquadra. A posição britânica vinha apoiada num extenso documento em que se dizia que ficara resolvido pelas outras potências “a extinção da Monarchia Europêa Portuguesa, e portanto o único recurso era ir conservar a sua Monarchia no Brasil”. [7]

Em fins de Outubro, realizam-se novas reuniões do Conselho de Estado, defendendo dom João de Almeida a saída de toda a família real e não apenas do príncipe da Beira e das infantas. Mantêm-se todas as ordens dadas para que continuassem os preparativos da Esquadra. Depois se veria quem iria sair para o Brasil.

No dia 22, é publicado o edital tornando público o decreto do príncipe regente mandando fechar os portos portugueses aos navios de guerra e mercantes da Grã Bretanha. Três dias depois, o príncipe regente, D. João, dá parte aos seus ministros dos preparativos da viagem o príncipe da Beira, mas que pode ser de toda a família real se as circunstâncias o impuserem, e decide escrever para Espanha e França.

A decisão de transferir a corte para o Brasil, porém, ficara já resolvida na convenção secreta subscrita em Londres, em 22 de Outubro de 1807, e que vem a ser ratificada em Lisboa no dia 8 de Novembro. Pela mesma altura, chegava a Lisboa a notícia da prisão em Espanha do príncipe herdeiro do trono (príncipe das Astúrias), e de que tropas espanholas e francesas se estavam a dirigir para a fronteira portuguesa.

Confirmavam-se os propósitos de Napoleão em relação a Portugal e a Espanha; tinham fundamento as advertências do rei da Grã-Bretanha e as do chamado “partido inglês” no Conselho de Estado. Não havia alternativa à retirada de toda a Família Real e do Governo do Reino para o Rio de Janeiro.

Nas últimas decisões tomadas pelo Príncipe Regente parece haver a intenção de manter-se um certo equilíbrio entre os partidos em conflito. O “partido francês” vê satisfeitos os "pedidos" de Napoleão, fechando-se os portos aos navios de guerra e mercantes ingleses, e dando-se ordem de expulsão aos ingleses residentes em Portugal, enquanto o “partido inglês” obtém a continuação dos preparativos da Esquadra para a saída do Príncipe da Beira.

O ministro António de Araújo e Azevedo ainda mandou desviar para as costas portuguesas os poucos efectivos militares de que Portugal dispunha, alegando que poderíamos ser surpreendidos por um desembarque britânico. Era um último esforço para favorecer a entrada das tropas comandadas por Junot.

O príncipe D. João só no dia 23 de Novembro recebeu a notícia de terem entrado tropas francesas em território português. Convocou imediatamente o Conselho de Estado, que decide embarcar quanto antes toda a família real e o Governo, servindo-se da Esquadra que estava pronta para o príncipe da Beira e as infantas.

Nos três dias seguintes ainda se aprontaram outros navios, que viriam a transportar para o Brasil cerca de quinze mil pessoas. Em 26, foi nomeada uma Junta Governativa do Reino para ficar em Portugal, e difundidas Instruções aos Governadores, nas quais se dizia que "quanto possível for", deviam procurar conservar em paz o Reino, recebendo bem as tropas do Imperador.

Junot, no seu Diário, manuscrito da Biblioteca da Ajuda, revela quanto os franceses receavam aquele embarque. Ao ser informado que este estava já em execução, e não podendo voar sobre o Ribatejo até Lisboa com as suas tropas, ainda enviou Hermann a Lisboa com a missão de o atrasar ou impedir. "Mr. Hermann ne put voir ni le Prince ni Mr. D. Araujo; celui-ci seulement lui dit que tout était perdu" (O Sr. Hermann não pôde ver nem o Príncipe nem o sr. D. Araujo; este apenas lhe disse que tudo estava perdido), escrevia depois Junot a Bonaparte. Para Araújo, para o "partido francês", o mais importante estava na verdade perdido - não era mais possível aos franceses aprisionarem o príncipe regente de Portugal.

Tati disse...
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Tati disse...

Com a expansão da economia Inglesa, Napoleão se viu “obrigado” a decretar o bloqueio continental, já que sentia-se ameaçado com esse crescimento. Por isso decretou o Bloqueio Continental em 1806, fechando o continente europeu à Inglaterra. Ele procurou, assim, criar toda sorte de dificuldades econômicas, a fim de desorganizar a economia inglesa.
A economia portuguesa era subordinada à inglesa. Daí a relutância de Portugal em aderir incondicionalmente ao bloqueio. Napoleão então resolve o impasse ordenando a invasão do pequeno reino ibérico. Sem chances de resistir ao ataque, a família real transferiu-se para o Brasil em 1808, sob proteção inglesa.
A chegada da Família Real no Brasil foi responsável por uma transformação política no país, afinal para abrigar a família real, era preciso improvisar. "Os prédios já existiam, mas precisaram ser reformados", estabeleceu a Corte no Rio de janeiro, decretou a abertura dos portos às nações amigas, assim o Brasil pôde manter contatos comerciais diretos e regulares com o exterior, sem a intermediação de Portugal, bancou pequenas obras na nova corte, como a construção de três chafarizes, o prédio da Academia de Belas Artes --que hoje se transformou em um estacionamento-- e o primeiro prédio do quartel, atual Palácio Duque de Caxias. Começou então, no Brasil, o processo que iria desembocar, finalmente, na sua emancipação política.

Unknown disse...

O dia 07 de março de 2008 marcará os duzentos anos do desembarque da Família Real Portuguesa no Rio de Janeiro, após uma breve estadia em Salvador. D. João VI, então príncipe regente da Coroa portuguesa, ao tomar conhecimento de que as tropas francesas de Napoleão avançavam pelo interior de Portugal em direção a Lisboa, decidiu, em 1807, transferir a capital do reino para o Brasil. Essa resolução não apenas contribuiu para manter intacto o poder soberano dos Bragança, como transformou para sempre a feição da então Colônia Brasil. O Rio de Janeiro tornou-se a capital do Império, sendo a cidade que mais rapidamente sentiu as modificações introduzidas pela Corte Portuguesa com o impacto imobiliário, marcado pela alta dos aluguéis, e modificações nas fachadas das casas e na urbanização, com a ampliação das ruas.

Unknown disse...

A vinda da familia real em 1808 trouxe varias vantagens para os brasileiros como os museus, escolas, culturas e etc.
Com isso os brasileiros conseguiram aprimorar seus estudos e costumes.

Unknown disse...

Eu acho que a vinda da família real foi muito boa para o Brasil.Se não fosse por eles parte de nosso cultura seria prejudicada, não teríoamos várias escolas, não teríamos o museu histórico nacional etre outras coisas.

Carlos Eduardo disse...

A Republica Velha foi originada pelo primeiro partido republicano no Brasil, foi o Partido Republicano Paulista, criado na Convenção de Itu, em 1873. O PRP era um partido legalizado, apesar do Brasil ser uma monarquia. O PRP conseguiu eleger apenas três deputados na Assembléia Geral de Deputados, durante o império do Brasil, porém conseguiu infiltrar-se no meio militar, o que foi decisivo para a queda do império.
O movimento militar de 15 de novembro de 1889 foi bem sucedido, destronando o imperador D. Pedro II. Atitudes como aquelas, praticadas em 15 de novembro, eram previstas, no Código Criminal de 1830, do império, como crime grave. Os republicanos antigos, como aqueles que haviam fundado o Partido Republicano Paulista, foram, a partir de 15 de novembro, chamados de Republicanos Históricos. Os políticos que aderiram à república, passaram a serem conhecidos como os "Republicanos do dia 16 de novembro", sendo que o mais conhecido destes foi Rui Barbosa.
Com a vitória, em 15 de novembro de 1889, do movimento republicano liderado pelos oficiais do exército, foi estabelecido um Governo Provisório chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, no qual todos os membros do ministério empossado no dia 15 de novembro eram maçons.
A família real brasileira foi banida do território brasileiro, só podendo a ele retornar a partir de 1920, pouco antes do falecimento, em 1921, da Princesa Isabel herdeira do trono brasileiro e pouco antes do centenário da independência do Brasil que foi comemorado em 1922. O decreto 4120 de 3 de setembro de 1920 revogou o banimento da família real.
O Governo Provisório terminou com a promulgação, em 24 de fevereiro de 1891, da primeira constituição republicana do Brasil, a constituição de 1891. Passando, a partir daquele dia, Deodoro a ser presidente constitucional, eleito pelo Congresso Nacional, devendo governar até 15 de novembro de 1894. Deodoro, apoiado pelos militares, derrotou o candidato dos civis Prudente de Morais.
A Republica oligárquica e a política dos estados teve inicio em 1894, com a saída de Floriano Peixoto, começou a se firmar a República Oligárquica, dominada pelas oligarquias paulistas, mineiras e gaúchas. Minas Gerais era o estado mais populoso, com a maior representação na Câmara dos Deputados, seguido de São Paulo.